segunda-feira, junho 18

* Nascer mulher nesse mundo é osso!


Não bastasse a clitoridectomia que já nos horroriza há décadas; os recursos para miniaturizar os pés, entre as chinesas;  as mulheres girafa, condenadas a viver com aros de metal no pescoço; agora, sabemos também da violência a que são submetidas as meninas da Mauritânia, desde a mais tenra idade, para se tornarem obesas e acompanhar padrões de beleza e exigências culturais, se tornarem mais atraentes, dignas de arrumar um casamento?

Pés pequenos.

Na China, em várias áreas rurais, algumas mulheres idosas têm os pés deformados pela prática de amarrá-los com uma faixa desde criança. Apesar da proibição oficial em 1912, nessas regiões os pais ainda amarraram os pés das filhas por muitos anos, alegando que isso as tornariam bonitas. Uma tradição de séculos na China diz que pés pequenos se parecem com a elegante flor de lótus. "Doía tanto que à noite eu desamarrava escondido. Quando meus pais descobriram, eles me bateram e costuraram a faixa", afirmou Zan, de 97 anos. A mãe amarrava-lhe os pés desde que ela tinha três anos de idade. Os dedos dela sofreram uma fratura e foram empurrados para a sola dos pés. As famílias acreditavam que mulheres com pés grandes não arranjavam marido. (Bbc Brasil).

Mulheres girafa da Thailândia.
Na Ásia, algumas mulheres também “tracionam” (deformam) todo o pescoço promovendo um alongamento de até 25 centímetros, que as tornou conhecidas como mulheres-girafas.
Da etnia kayan, tradicionalmente, envolvem seus pescoços em aros metálicos (formando uma espiral em forma de colar) colocados desde a infância.
Segundo o folclore de suas tribos, chegaram na zona central de Mianmar por volta de 2.000 anos, procedentes do deserto de Gobi – atual Mongólia.
Hoje, as últimas 12 aldeias dos kayan estão situadas no estado de Kayah, entre a capital Loikau e o lago de paisagens tranquilas chamado Inle, famoso por seus pescadores que remam com o pé...
Já se conheciam mulheres-girafas na África, mas a origem desse hábito na Ásia tem várias interpretações lendárias:
– O colar teria sido uma punição para as mulheres adúlteras de antigamente;
– Uma proteção para as camponesas contra os tigres que as atacavam na garganta para beber seu sangue quando trabalhavam nos campos;
– Os homens teriam feito isso com suas mulheres para torná-las feias, evitando que fossem raptadas ou, ao contrário, ornamentavam-nas dessa maneira para mostrar sua riqueza e se fazer respeitar;
– O colar espantaria os nats – forças sobrenaturais para as quais os birmaneses animistas (que cultuam a natureza) e até mesmo budistas constroem altares embaixo de grandes árvores – os nats bons enviam boas vibrações do céu, enquanto os maus se intrometem nos assuntos terrenos;
– Também uma das explicações é que, para os padaungs, o centro da alma é o pescoço. Assim, para proteger a alma e a identidade da tribo, as mulheres protegem o pescoço com aros, entre cinco e 25, cada qual com 8,5 milímetros de diâmetro, antigamente de ouro e, hoje, de cobre ou latão. (girafamania).

Clitoridectomia
Consistindo na remoção parcial ou integral dos órgãos genitais externos femininos por razões não terapêuticas, a Mutilação Genital Feminina (MGF) é praticada em países africanos (cerca de 28) e do Médio Oriente. Estima-se que dois milhões de crianças com idades compreendidas entre os 4 e os 12 anos sejam, anualmente, circuncidadas.
 O tipo de circuncisão difere de região para região, sendo possível distinguir os três principais, a saber:
Tipo I: Circuncisão Sunna: -  Praticada no continente africano (Egito, Somália, Etiópia e Tanzânia) e no Médio Oriente (Oman, Iémen, Arábia Saudita, Estados Emirados Árabes), a Circuncisão Sunna envolve a remoção do prepúcio e/ou do clitóris.
Tipo II: Clitoridectomia: -  Em virtude de a proibição da prática de Infibulação em países como o Sudão, a Clitoridectomia surge como a principal alternativa. Consiste na remoção parcial ou total do clitóris, assim como dos lábios maiores e menores.  A Clitoridectomia e a Circuncisão Sunna correspondem a cerca de 80-85% da MGF. 
Tipo III: Infibulação: Tipo de MGF mais pungente, designa a ablação do clitóris, dos lábios menores e da superfície interna dos lábios maiores. Estes últimos são unidos, através de pontos ou espinhos, de modo a formar um pequeno orifício (geralmente com 2-3 cm de diâmetro), pelo qual a mulher urinará e menstruará. Se a abertura for demasiado pequena, a mulher poderá ser sujeita a um novo procedimento: a defibulação. Ocorre essencialmente em duas situações: antes de a mulher ter relações sexuais e, neste caso, é efetuada pelo marido; ou durante o parto para permitir ou facilitar a saída do feto.
 A Infibulação é praticada na Somália, Sul do Egito e ao longo da Costa do Mar Vermelho.  Garantir a fidelidade da mulher ao seu cônjuge é uma das principais razões pelas quais este tipo de MGF é praticado. A MGF constitui mais um ato de violência perpetrado contra a integridade feminina que, sustentado em razões culturais, religiosas ou mesmo higienistas, tem consequências psicológicas e físicas irreversíveis. (Anabela Santos).



A modelo Somali,  Waris Dirie, simbolo maior na luta contra essa barbárie.

Ontem o Fantástico apresentou, e eu não vi, um documentário sobre as meninas da Mauritânia, região plantada no deserto africano, que são obrigadas a engordar, engordar e engordar, porque assim se tornam mais atraentes, e só assim poderão arrumar maridos. Ocorre que aos 50 anos essas mulheres estão diabéticas, com hipertensão e vitimadas pela artrose, muitas não conseguem mais se locomover.Veja esses vídeos..

Pesquisando sobre o assunto, encontrei comentários bem humorados de mulheres dizendo que a Mauritânia é o paraíso..rss..

Mulher da Mauritânia
Pode ser! A verdade é que em todas as culturas as mulheres são mutiladas, torturadas, para seguir padrões de beleza. Não vamos esquecer do ocidente, das portadoras de distúrbios alimentares como a bulimia e anorexia, a necessidade de cirurgias plásticas para implante de próteses de silicone, lipoaspirações, as seções de bronzeamento, etc.. etc.. etc...

Angela foi casada com o cirurgião plástico Ox Bismarchi, falecido, e é casada com Wagner Moraes, outro cirurgião plástico...

 

3 comentários:

  1. Estou em Belém desde ontem, numa missão.

    Conheci uns lugares interessantíssimos. Fui a tres museus e quatro igrejas,,,cara, sem modéstia, deixam a Igreja de São Bento a ver navios...rss

    Tirei fotos que não sei se irei publicar, mas posso te mandar se quiser ver.

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  2. Alooô...Tem alguém aí? rss

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  3. Carreguei as fotos aqui no PC da mamãe, esperando ter como enviar. Se não quer é só dizer, claro, sem neuras...rss

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