Não bastasse a clitoridectomia que já nos horroriza há
décadas; os recursos para miniaturizar os pés, entre as chinesas; as mulheres girafa, condenadas a viver com aros de metal no pescoço; agora, sabemos também da violência a que são submetidas as
meninas da Mauritânia, desde a mais tenra idade, para se tornarem obesas e acompanhar padrões de beleza e exigências culturais, se tornarem mais
atraentes, dignas de arrumar um casamento?
Na China, em várias áreas rurais, algumas mulheres idosas
têm os pés deformados pela prática de amarrá-los com uma faixa desde criança.
Apesar da proibição oficial em 1912, nessas regiões os pais ainda amarraram os
pés das filhas por muitos anos, alegando que isso as tornariam bonitas. Uma
tradição de séculos na China diz que pés pequenos se parecem com a elegante
flor de lótus. "Doía tanto que à noite eu desamarrava escondido. Quando
meus pais descobriram, eles me bateram e costuraram a faixa", afirmou Zan,
de 97 anos. A mãe amarrava-lhe os pés desde que ela tinha três anos de idade.
Os dedos dela sofreram uma fratura e foram empurrados para a sola dos pés. As
famílias acreditavam que mulheres com pés grandes não arranjavam marido. (Bbc
Brasil).
Mulheres girafa da Thailândia.
Na Ásia, algumas mulheres também “tracionam” (deformam) todo
o pescoço promovendo um alongamento de até 25 centímetros, que as tornou
conhecidas como mulheres-girafas.
Da etnia kayan, tradicionalmente, envolvem seus pescoços em
aros metálicos (formando uma espiral em forma de colar) colocados desde a
infância.
Segundo o folclore de suas tribos, chegaram na zona central
de Mianmar por volta de 2.000 anos, procedentes do deserto de Gobi – atual
Mongólia.
Hoje, as últimas 12 aldeias dos kayan estão situadas no
estado de Kayah, entre a capital Loikau e o lago de paisagens tranquilas chamado
Inle, famoso por seus pescadores que remam com o pé...
Já se conheciam mulheres-girafas na África, mas a origem
desse hábito na Ásia tem várias interpretações lendárias:
– O colar teria sido uma punição para as mulheres adúlteras
de antigamente;
– Uma proteção para as camponesas contra os tigres que as
atacavam na garganta para beber seu sangue quando trabalhavam nos campos;
– Os homens teriam feito isso com suas mulheres para
torná-las feias, evitando que fossem raptadas ou, ao contrário,
ornamentavam-nas dessa maneira para mostrar sua riqueza e se fazer respeitar;
– O colar espantaria os nats – forças sobrenaturais para as
quais os birmaneses animistas (que cultuam a natureza) e até mesmo budistas constroem
altares embaixo de grandes árvores – os nats bons enviam boas vibrações do céu,
enquanto os maus se intrometem nos assuntos terrenos;
– Também uma das explicações é que, para os padaungs, o
centro da alma é o pescoço. Assim, para proteger a alma e a identidade da
tribo, as mulheres protegem o pescoço com aros, entre cinco e 25, cada qual com
8,5 milímetros de diâmetro, antigamente de ouro e, hoje, de cobre ou latão.
(girafamania).
Consistindo na remoção parcial ou integral dos órgãos
genitais externos femininos por razões não terapêuticas, a Mutilação Genital
Feminina (MGF) é praticada em países africanos (cerca de 28) e do Médio
Oriente. Estima-se que dois milhões de crianças com idades compreendidas entre
os 4 e os 12 anos sejam, anualmente, circuncidadas.
O tipo de circuncisão
difere de região para região, sendo possível distinguir os três principais, a saber:
Tipo I: Circuncisão Sunna: - Praticada no
continente africano (Egito, Somália, Etiópia e Tanzânia) e no Médio Oriente
(Oman, Iémen, Arábia Saudita, Estados Emirados Árabes), a Circuncisão Sunna
envolve a remoção do prepúcio e/ou do clitóris.
Tipo II: Clitoridectomia: - Em virtude de a
proibição da prática de Infibulação em países como o Sudão, a Clitoridectomia
surge como a principal alternativa. Consiste na remoção parcial ou total do clitóris,
assim como dos lábios maiores e menores. A Clitoridectomia e a
Circuncisão Sunna correspondem a cerca de 80-85% da MGF.
Tipo III: Infibulação: - Tipo de MGF mais
pungente, designa a ablação do clitóris, dos lábios menores e da superfície
interna dos lábios maiores. Estes últimos são unidos, através de pontos ou
espinhos, de modo a formar um pequeno orifício (geralmente com 2-3 cm de
diâmetro), pelo qual a mulher urinará e menstruará. Se a abertura for demasiado
pequena, a mulher poderá ser sujeita a um novo procedimento: a defibulação.
Ocorre essencialmente em duas situações: antes de a mulher ter relações sexuais
e, neste caso, é efetuada pelo marido; ou durante o parto para permitir ou
facilitar a saída do feto.
A Infibulação é
praticada na Somália, Sul do Egito e ao longo da Costa do Mar Vermelho. Garantir a fidelidade
da mulher ao seu cônjuge é uma das principais razões pelas quais este tipo de
MGF é praticado. A MGF constitui mais um ato de violência perpetrado contra a
integridade feminina que, sustentado em razões culturais, religiosas ou mesmo
higienistas, tem consequências psicológicas e físicas irreversíveis. (Anabela
Santos).
A modelo Somali, Waris Dirie, simbolo maior na luta contra essa barbárie.
Ontem o Fantástico apresentou, e eu não vi, um documentário
sobre as meninas da Mauritânia, região plantada no deserto africano, que são
obrigadas a engordar, engordar e engordar, porque assim se tornam mais
atraentes, e só assim poderão arrumar maridos. Ocorre que aos 50 anos essas
mulheres estão diabéticas, com hipertensão e vitimadas pela artrose, muitas não
conseguem mais se locomover.Veja esses vídeos..
Pesquisando sobre o assunto, encontrei comentários bem
humorados de mulheres dizendo que a Mauritânia é o paraíso..rss..
Mulher da Mauritânia
Pode ser! A verdade é que em todas as culturas as mulheres
são mutiladas, torturadas, para seguir padrões de beleza. Não vamos esquecer do ocidente,
das portadoras de distúrbios alimentares como a bulimia e anorexia,
a necessidade de cirurgias plásticas para implante de próteses de silicone, lipoaspirações, as seções
de bronzeamento, etc.. etc.. etc...
Angela foi casada com o cirurgião plástico Ox Bismarchi, falecido, e é casada com Wagner Moraes, outro cirurgião plástico...
Estou em Belém desde ontem, numa missão.
ResponderExcluirConheci uns lugares interessantíssimos. Fui a tres museus e quatro igrejas,,,cara, sem modéstia, deixam a Igreja de São Bento a ver navios...rss
Tirei fotos que não sei se irei publicar, mas posso te mandar se quiser ver.
Alooô...Tem alguém aí? rss
ResponderExcluirCarreguei as fotos aqui no PC da mamãe, esperando ter como enviar. Se não quer é só dizer, claro, sem neuras...rss
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