sábado, março 31

* Poeminha sentimental




POEMINHA SENTIMENTAL
O meu amor, o meu amor, Maria
 É como um fio telegráfico da estrada
 Aonde vêm pousar as andorinhas...
 De vez em quando chega uma
 E canta
 (Não sei se as andorinhas cantam, mas vá lá!)
 Canta e vai-se embora
 Outra, nem isso,
 Mal chega, vai-se embora.
 A última que passou
 Limitou-se a fazer cocô
 No meu pobre fio de vida!
 No entanto, Maria, o meu amor é sempre o mesmo:
 As andorinhas é que mudam.
(Mário Quintana)





sexta-feira, março 30

* Eu quero ver o pôr do sol...



Lilás
(Djavan)
Amanhã
 Outro dia
 Lua sai
 Ventania abraça
 Uma nuvem que passa no ar
 Beija
 Brinca
 E deixa passar
 E no ar
 De outro dia
 Meu olhar 
Surgia nas pontas
 De estrelas perdidas no mar
 Pra chover de emoção
 Trovejar...
 Raio se libertou
 Clareou
 Muito mais
 Se encantou
 Pela cor lilás
 Prata na luz do amor
 Céu azul
 Eu quero ver
 O pôr do sol
 Lindo como ele só
 E gente pra ver
 E viajar
 No seu mar

De raio




* Vampirismo urbano






Uma cena banal em um dia sem sol, e ao sentir a sua proximidade sentiu tensão nos ombros, enrijecimento em cada músculo do corpo, pensou em correr pra longe dali, mas seguiu em frente. Nada que despertasse atenção de quem passava... Um só momento sem a menor importância e cada um segue seu caminho.

Se sente vazia, nauseada, visão turvada, um aperto no peito, sem sonhos, sem energia, sem vontade, sem vida...
Acaba de ser vampirizada!


quarta-feira, março 28

* Neste mundo não há felicidade. Eu sou feliz assim mesmo..

(Millôr Fernandes)


Agora sim, o Brasil acordou mais triste, mais burro, mais carente de gênios brilhantes como Millôr Fernandes..


"Carioca do Méier, nasceu Milton Viola Fernandes, tendo sido registrado, graças a uma caligrafia duvidosa, como Millôr, o que veio a saber adolescente. Aos dez anos de idade vendeu o primeiro desenho para a publicação O Jornal do Rio de Janeiro. Recebeu dez mil réis por ele. Em 1938 começou a trabalhar como repaginador, factótum e contínuo no semanário O Cruzeiro. No mesmo ano ganhou um concurso de contos na revista A Cigarra (sob o pseudônimo de "Notlim"). Assumiu a direção da publicação algum tempo depois, onde também publicou a seção "Poste Escrito”, agora assinado por “Vão Gogo".
Em 1941 voltou a colaborar com a revista O Cruzeiro, continuando a assinar como "Vão Gogo" na coluna "Pif-Paf", o fazendo por 18 anos. A partir daí passou a conciliar as profissões de escritor, tradutor (autodidata) e autor de teatro.




Já em 1956 dividiu a primeira colocação na Exposição Internacional do Museu da Caricatura de Buenos Aires com o desenhista norte-americano Saul Steinberg. Em 1957, ganhou uma exposição individual de suas obras no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
Dispensou o pseudônimo "Vão Gogo" em 1962, passando a assinar "Millôr" em seus textos n'O Cruzeiro. Deixou a revista no ano seguinte, por conta da polêmica causada com a publicação de A Verdadeira História do Paraíso, considerada ofensiva pela Igreja Católica.
Em 1964 passou a colaborar com o jornal português Diário Popular e obteve o segundo prêmio do Salão Canadense de Humor. Em 1968 começou a trabalhar na revista Veja, e em 1969 tornou-se um dos fundadores do jornal O Pasquim.

Nos anos seguintes escreveu peças de teatro, textos de humor e poesia, além de voltar a expor no Museu de Arte Moderna do Rio. Traduziu do inglês e do francês, várias obras, principalmente peças de teatro, entre estas, clássicos de Sófocles, Shakespeare, Molière, Brecht e Tennessee Williams.



Depois de colaborar com os principais jornais brasileiros, retornou à Veja em setembro de 2004, deixando a revista em 2009 devido a um desentendimento acerca da digitalização de seus antigos textos, publicados sem autorização no acervo on-line da publicação.

Em 27 de março de 2012, Millôr Fernandes faleceu aos 88 anos, na cidade do Rio de Janeiro, em decorrência de falência múltipla dos órgãos e parada cardíaca."
(Wikipedia)

 Tarefa ingrata tentar escolher entre as frases e os textos brilhantes de Millôr, mesmo assim..:


"Com muita sabedoria, estudando muito, pensando muito, procurando compreender tudo e todos, um homem consegue, depois de mais ou menos quarenta anos de vida, aprender a ficar calado". 

"Se você agir sempre com dignidade, pode não melhorar o mundo, mas uma coisa é certa: haverá na Terra um canalha a menos".


Poesia exploratória a você
"Quem alisa meus cabelos?
 Quem me tira o paletó?
 Quem, à noite, antes do sono,
 acarinha meu corpo cansado?
 Quem cuida da minha roupa?
 Quem me vê sempre nos sonhos?
 Quem pensa que sou o rei desta pobre criação?
 Quem nunca se aborrece de ouvir minha voz?
 Quem paga meu cinema, seja de dia ou de noite?
 Quem calça meus sapatos e acha meus pés tão lindos?
 Eu mesmo".


"Desculpe a meninada, mas fomos nós, da nossa geração, que conquistamos a permissividade. Claro, vocês não têm a menor idéia de como isso era antes. O que se fez, depois de nós, foi apenas atingir a promiscuidade, o ninguém é de ninguém, o não privilegiamento de nenhuma pessoa como ser humano especial (amor). Mas, quando qualquer um vai pra cama com qualquer um, sem nenhum interesse anterior ou posterior (no sentido cronológico!), uma coisa é certa reconquistamos apenas a animalidade. Cachorro faz igualzinho. E não procura psicanalista".


Soneto (a meu modo e maneira)
"Apenas companheiros de estrada
 Ruas, valas, alguns quintais,
 Dias, noites, noites e dias,
 Sol e chuva ocasionais
 Vamos.
 Onde as paralelas se encontram,
 Lá,
Nos separamos"



"Que foi isso, de repente? Nada; dez anos se passaram. Não diga! Se somaram? Se perderam? Algumas relações se aprofundaram? Se esgarçaram? Onde estávamos? Onde estamos? E...aonde vamos? O tempo, em lugar nenhum e em silêncio, passa. É inegável - todos temos mais dez anos agora. Ainda bem, poderíamos ter menos dez. Tudo nos aconteceu. Amamos, disso temos certeza. E fomos amados - onde encontrar a certeza? Avançamos aqui materialmente, ali não, nos realizamos neste ponto, em outros queríamos mais, algumas coisas tivemos mais do que pretendíamos ou merecíamos - mas isso é difícil de reconhecer. Perdemos alguém - "Viver é perder amigos". No meio do feio e do amargo, no tumulto e no desgaste, tivemos mil diminutos de felicidade, no ar, no olhar, na palavra de afeto inesperado, que sei? Espera, eu sei. É a única lição que tenho a dar; a vida é pequena, breve, e perto. Muito perto - é preciso estar atento".







* Muito Obrigada!







Próximo de  completar 3 meses de ENEPA, fiz algumas descobertas fantásticas!







- O mundo não vai parar para rir das minhas idéias, nem para aplaudir, nem para odiá-las!


- É bom ser mais um num universo que sempre participei da arquibancada, agora no palco, no meio do gramado, como tantos outros.


- O Brasil, o mundo, são bem maiores do que sonhava a minha vã filosofia, e um blog despretencioso como este pode atrair alguma atenção, do Japão ao Nucleo Bandeirantes em Brasília, da Suécia à Nova Iguaçu, do Reino Unido á África desconhecida, de Portugal a São Sepé no R. Grande do Sul, de Pernambuco ao Japão, de Mato Grosso à Russia, de Santa Catarina à Alemanha, do Acre à Califórnia, do Canadá ao Pará, da Espanha à Rondônia e de muitos outros lugares que ainda gostaria de conhecer e outros tantos que, desculpem-me,  nunca ouvi falar.








- Me sinto orgulhosa de ter superado as minhas inibições para fazer essas descobertas,  e estimulada por tudo que essa troca ainda pode me acrescentar em conhecimento. Cada visita, de cada lugar, gera uma pesquisa para saber mais...Cada inspiração para uma postagem, é garantia de um grande acréscimo no que conheço do assunto.







Sou grata aos amigos, seguidores, visitantes conhecidos e anônimos, leitores assíduos e eventuais, e a todos que ainda virão. Sou grata aos que me conhecem, pela tolerância às minhas oscilações de humor nesse diário virtual. Espero que continuem aparecendo por aqui e partilhando todo o prazer que é pra mim cada postagem e cada visita.






Estatísticas: Blogger e Clustr.
As diferenças acontecem por períodos e critérios de contagem diferentes nos dois mostradores.

                                                                               Blogger                                                                                 

Brasil 5.654
Rússia 354
Alemanha 177
Estados Unidos 102
Portugal 47
Ucrânia 19
Reino Unido 5
Angola 3
China 3
Suécia 3
Clustr
Brazil (BR) 842
São Paulo 340
Pernambuco 72
Santa Catarina 68
Minas Gerais 40
Paraná 40
Distrito Federal 38
Rio de Janeiro 34
Rio Grande do Sul 26
Bahia 20
Pará 20
Ceara 13
Rio Grande do Norte 10
Espirito Santo 8
Goiás 5
Piauí 5
Mato Grosso do Sul 4
Maranhão 2
Alagoas 2
Rondônia 2
Amazonas 2
Paraíba 2
Sergipe 1
Mato Grosso 1
Acre 1
N/A 86
United States (US) 41
Portugal (PT) 21
China 3
Suécia 3
Italy (IT) 2
Spain (ES) 2
Canada (CA) 1
United Kingdom (GB) 1
Sweden (SE) 1
Belgium (BE) 1
Japan (JP) 1
Angola (AO) 1
Martinique (MQ) 1
Uruguay (UY) 1
Mozambique (MZ) 1




Estou em festa e todos são meus convidados!















Tim Tim..!
Beijos meus


terça-feira, março 27

* Mais uma vez um triste espetáculo dos torcedores de futebol de São Paulo


A guerra entre as torcidas de futebol em São Paulo


11/06/2009 - Corintianos presos por briga na Marginal Tietê são soltos. Em São Paulo

 Um grupo de 19 torcedores da Gaviões da Rua São Jorge, do Corinthians, que haviam sido presos na quarta-feira passada após participar de um confronto com torcedores do Vasco, tiveram a prisão relaxada, sendo autorizados a responder por seus crimes em liberdade.

(FolhaPress)



06/06/2009 - Torcedores detidos em conflito em SP esperam julgamento na prisão. Em São Paulo

 Dezenove dos 32 torcedores detidos após o confronto entre as torcidas do Vasco e do Corinthians, na última quarta-feira, foram indiciados pela polícia e devem aguardar julgamento presos. Nesta sexta, eles começaram a ser transferidos para um CDP (Centro de Detenção Provisória) em São Paulo.

(FolhaPress)



05/06/2009 - Investigações podem levar 22 corintianos à prisão. Em São Paulo

 As investigações da Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) podem fazer com que até 22 corintianos respondam, presos, por terem participado da briga com os vascaínos. Nesta quinta-feira, pelo menos cinco haviam sido indiciados.

(FolhaPress)



04/06/2009 - Torcedor morre em conflito entre vascaínos e corintianos na Marginal. Em São Paulo

 Torcedores do Corinthians e do Vasco entraram em confronto nesta quarta-feira, na Marginal Tietê, em São Paulo, antes da partida semifinal da Copa do Brasil entre as duas equipes no estádio do Pacaembu. De acordo com a Polícia Militar, uma pessoa morreu no conflito e o corpo segue no local para investigação.

(Folha Press)


Torcid - 03/12/2011 - Aliança entre vascaínos e palmeirenses preocupa polícia de SP

Vasco e Palmeiras terão o mesmo objetivo em campo amanhã: tirar o título nacional das mãos do Corinthians.

Os palmeirenses, por pura rivalidade. Os vascaínos, porque, se ganharem no Rio e o Corinthians perder no Pacaembu, serão campeões.

Não será a primeira missão em comum entre as duas torcidas. A amizade entre as principais organizadas de Vasco e Palmeiras -Força Jovem e Mancha Alviverde- é um dos mais longevos casos de aliança do tipo entre facções de Estados diferentes.

(FSP)



Dia 25 de março, horas antes do clássico entre Palmeiras e Corinthians, um embate marcado pela internet entre as torcidas, aconteceu na av. Inajar de Souza, zona norte da capital, enquanto o jogo aconteceria horas mais tarde na zona oeste.
Com cuidados maiores da Segurança Pública nos estádios, agora os conflitos acontecem na rua, colocando em risco a população que tem nadinha a ver com futebol nem com torcidas organizadas... Comércio, famílias, tudo a mercê desses vândalos, enquanto a polícia se confessa em número insuficiente para conter a fúria dos torcedores e garantir a segurança dos moradores da região. 

Um jovem morto, outro com morte encefálica. 

Não posso dizer que lamento essas mortes, mas lamento muito a negligência das autoridades em permitir ano após ano que essas ações se repitam.


segunda-feira, março 26

* Mitos e lendas brasileiras




O Brasil é rico em mitos e lendas. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido à vida e ao mundo.
De todas as regiões brasileiras vêm personagens que habitam as crenças populares.

Boitatá - Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".
 


Boto - Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes de a madrugada chegar, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.



 












Curupira - Assim como o boitatá, o curupira também é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira.
 




Lobisomem - Este mito aparece em várias regiões do mundo. Diz o mito que um homem foi atacado por um lobo numa noite de lua cheia e não morreu, porém desenvolveu a capacidade de transforma-se em lobo nas noites de lua cheia. Nestas noites, o lobisomem ataca todos que  encontra pela frente. Somente um tiro de bala de prata em seu coração seria capaz de matá-lo.

 


  Mãe-D'água - Encontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a mãe-d'água : a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas.



Corpo-seco - É uma espécie de assombração que fica assustando as pessoas nas estradas. Em vida, era um homem que foi muito malvado e só pensava em fazer coisas ruins, chegando a prejudicar e maltratar a própria mãe. Após sua morte, foi rejeitado pela terra e teve que viver como uma alma penada.




Pisadeira - É uma velha de chinelos que aparece nas madrugadas para pisar na barriga das pessoas, provocando a falta de ar. Dizem que costuma aparecer quando as pessoas vão dormir de estômago muito cheio.
 



A mula sem cabeça é uma lenda do folclore brasileiro. A sua origem é desconhecida, mas bastante evidenciada em todo o Brasil.
 A mula é literalmente uma mula sem cabeça, que solta fogo pelo pescoço, local onde deveria estar sua cabeça. Possui em seus cascos, ferraduras que são de prata ou de aço e apresentam coloração marrom ou preta. Segundo alguns pesquisadores, apesar de ter origem desconhecida, a lenda fez parte da cultura da população que vivia sobre o domínio da Igreja Católica.
 Segundo a lenda, qualquer mulher que namorasse um padre seria transformada em um monstro. Dessa forma, as mulheres deveriam ver os padres como uma espécie de “santo” e não como homem, se cometessem qualquer pecado com o pensamento em um padre, acabariam se transformando em mula sem cabeça. O encanto somente pode ser quebrado se alguém tirar o freio de ferro que a mula sem cabeça carrega, assim surgirá uma mulher arrependida pelos seus “pecados”.


Mãe-de-ouro - Representada por uma bola de fogo que indica os locais onde se encontra jazidas de ouro. Também aparece em alguns mitos como sendo uma mulher luminosa que voa pelos ares. Em alguns locais do Brasil, toma a forma de uma mulher bonita que habita cavernas e após atrair homens casados, os faz largar suas famílias.


Saci-Pererê -  O saci-pererê é representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.




 
Matintapereira - Uma pequena coruja que canta, durante a noite, anunciando a morte de alguém. Em algumas regiões, é uma mulher grávida que deixa seu feto na rede ou na cama de quem não lhe dá fumo.








 






Porca-dos-sete-leitões - mulher que namorou um padre e, por isso, se transformou num animal semelhante a um porco. Aparece no meio da estrada grunhindo com seus sete filhotes. Em algumas regiões, é considerada a personificação do diabo.





Anhangá (Protetor da caça) - Espírito que vaga pela mata como um fantasma ou assombração. Sua presença pode ser detectada por um assobio e depois disso, o animal que estava sendo caçado, simplesmente desaparece. Ele pode assumir a forma de diferentes animais, mas uma delas parece ser a preferida: a do cervo garboso, com olhos de fogo e cruz na testa, que além de enganar os caçadores, desviando o tiro de suas armas rumo às pessoas queridas, provoca febre, loucura e visões em que o vê. Anhangá é considerado como um protetor da vida na floresta. Segundo a mitologia popular, qualquer pessoa atacada por um animal selvagem, pode salvar-se gritando: ''Valha-me Anhangá!"./ Anhangá é um espírito que vive nas matas, podendo assumir diversas formas quando visível: macaco, morcego, rato, pássaro etc. Ele assinala sua presença com um assobio e a caça desaparece, o que nos remete à imagem e função de protetor. Uma das formas que o anhangá pode assumir é a de um portentoso gamo ou cervo, de cor avermelhada, chifres cobertos de pelos, olhos de fogo e uma cruz na testa, ou ainda um grande veado branco, que desvia o caçador do seu objetivo. Pode-se compactuar com o anhangá, prometendo tabaco em troca da embiara pretendida.



Arranca-Língua - Monstro dos sertões do Estado de Goiás. Nas cidades chamam-no de King-Kong. Outro nome com o qual é chamado é o de Bicho-Homem. Seria um tipo humano, peludo, escuro, que se alimentava das línguas das vacas. Este é, pois, seu malefício: dizima rebanhos inteiros para comer somente a língua. Ataca desferindo urros paralizantes. Deixa pegadas nítidas, de aproximadamente 48 centímetros.



Arvores Encantadas – Mito do estado de Alagoas, são árvores encontradas por caçadores que ora aparecem em um lugar, ora em outro, para confundi-los.


Barba Ruiva - Era um homem de cabelos e barbas avermelhados. De tempos em tempos, sai da água e deita-se na areia tomando banho de sol. Quem o viu afirma que traz as barbas, as unhas e o peito cobertso de lodo. Não foge ao encontrar os mortais, mas nunca lhes dirigiu qualquer palavra. Apesar de pacífico , é objeto de medo e todos fogem dele. Diz-se que era filho de uma mulher que não o desejava e esta o jogou em uma caçimba. Imediatamente depois, do solo, água abundante surgiu e criou-se um lago onde, à noite, ouviam-se relinchos, bater de pratos e o choro de uma criança.



Mapinguari -  é um animal fabuloso, semelhante ao homem, mas todo cabeludo.
Os seus grandes pelos o tornam invulnerável à bala de qualquer calibre, exceção da parte do umbigo.
Segundo a lenda é ele um terrível inimigo do homem, a quem devora e despreza. Mas devora apenas a cabeça.
Acreditam alguns índios Tuixauas que se trata da reencarnação viva de um antigo rei de sua etnia, que no passado habitava aquelas regiões. 
Como o Quibungo africano, o Mapinguari tem a posição anômala da boca, rasgada do nariz ao estômago, num corte vertical, cujos lábios estão sempre sujos de sangue. Depoimentos atestam que seus pés em forma de casco, são virados ao avesso, como o Curupira.
 




Negrinho do Pastoreio - uma lenda do folclore brasileiro surgida no Rio Grande do Sul. De origem africana, do século XIX, período em que ainda havia escravidão no Brasil. Retrata muito bem a violência e injustiça impostas aos escravos.
Havia um menino negro escravo, de quatorze anos, que possuía a tarefa de cuidar do pasto e dos cavalos de um rico fazendeiro. Porém, num determinado dia, o menino voltou do trabalho e foi acusado pelo patrão de ter perdido um dos cavalos. O fazendeiro mandou açoitar o menino, que teve que voltar ao pasto para recuperar o cavalo. Após horas procurando, sem sucesso, ao retornar á fazenda foi novamente castigado pelo fazendeiro. Desta vez, o patrão, para aumentar o castigo, colocou o menino pelado dentro de um formigueiro. No dia seguinte, o patrão foi ver a situação do menino escravo e ficou surpreso. O garoto estava livre, sem nenhum ferimento e montado no cavalo baio que havia sumido. Conta a lenda que foi um milagre que salvou o menino, que foi transformado num anjo.
O negrinho do Pastoreio é tido como o protetor das pessoas que perdem algo. De acordo com a crença, ele sempre ajuda a encontrar objetos perdidos de quem pede sua ajuda. Em retribuição, a pessoa deve acender uma vela ao menino ou comprar uma planta ou flor.


Tive que desistir do assunto para dar como concluida essa postagem, optar por uma pequena mostra... Nosso folclore é muito rico!
Adorei pesquisar sobre o folclore brasileiro!