A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou nesta terça-feira (5) que a Amazônia Legal teve o menor índice de desmatamento dos últimos 23 anos. O anúncio foi feito ao lado da presidente Dilma Rousseff durante cerimônia no Palácio do Planalto, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente.
Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe),
a região teve 6.418 km² de floresta desmatada entre agosto de 2010 e julho de
2011 -- equivalente a quatro vezes o tamanho da cidade de São Paulo.
Esses dados são do sistema conhecido como Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal) e consolidam informações coletadas ao longo de um ano por satélites capazes de detectar áreas desmatadas a partir de 6,25 hectares.
Segundo o Inpe, os números divulgados pelo Prodes são mais
importantes porque são mais precisos do que os do sistema de detecção do
desmatamento em tempo real (Deter), que divulga informações mensalmente.
Foi a menor taxa desde que o instituto começou a fazer a
medição, em 1988, e houve uma redução de 8% em relação ao mesmo período em 2009
e 2010. No entanto, em dezembro do ano passado, o Inpe havia divulgado uma
expectativa de desmate de 6.238 km² -- alta de 3%. O número foi obtido a partir
dos dados consolidados do sistema.
Estados
O levantamento feito a partir de imagens de satélite mostra
que o estado do Pará foi o que mais derrubou vegetação nativa da Amazônia Legal
(3.008 km²), seguido de Mato Grosso (1.120 km²), Rondônia (865 km²), Amazonas
(502 km²) e Maranhão (396 km²).
No comparativo entre agosto de 2010 e julho de 2011 e o
mesmo período em 2009 e 2010, Rondônia foi o estado que mais apresentou
crescimento na degradação do bioma (99%), seguido do Mato Grosso (29%) e Acre
(8%).
Os demais estados
compreendidos pela Amazônia Legal apresentaram queda. O bioma abrange áreas de
nove estados - Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia,
Roraima e Tocantins. Segundo a ministra Izabella Teixeira, 81,2% da floresta
original da Amazônia está preservada.
Pacote ambiental
Durante a cerimônia,
o governo anunciou diversas medidas de proteção ao meio ambiente e à saúde
indígena. A presidente Dilma assinou o decreto de criação do Comitê da Bacia
Hidrográfica do Rio Paranapanema, área de 105.921 km² que abrange 247
municípios dos estados do Paraná e de São Paulo. Esse comitê, segundo informou
o Ministério do Meio Ambiente, vai servir para estabelecer mecanismos de
cobrança pelo uso devido dos recursos naturais e evitar surgimento de possíveis
conflitos.
A presidente autorizou a criação de duas novas unidades de
conservação. Uma delas é a Reserva Biológica Bom Jesus, localizada na Mata
Atlântica no estado do Paraná, com 34.179 hectares. A segunda unidade é o
Parque Nacional Furna Feia, nas cidades de Baraúna e Mossoró, no Rio Grande do
Norte. O parque terá 8.500 hectares e visa a preservação da caatinga e de cavidades
naturais subterrâneas, segundo informou o MMA.
Foram ampliadas ainda as áreas do Parque Nacional do Descobrimento, na Bahia; da Floresta Nacional Araripe-Apodi, no Ceará; e da Florestal Nacional Goytacazes, do Espírito Santo.
A cerimônia também teve um ato simbólico que
"transfere" para as Organização das Nações Unidas (ONU) a sede da
Rio+20, o centro de convenções Riocentro. Durante o período da conferência, de
13 a 22 de junho, o local será considerado território da ONU. Ao mesmo tempo, no Riocentro, houve
hasteamento das bandeiras do Brasil, da Rio+20, do estado do Rio de Janeiro e
da ONU.
(G1)
A saber: Situada na região norte da América do Sul, a
floresta amazônica possui uma extensão de aproximadamente 7 mil quilômetros
quadrados, espalhada por territórios do Brasil, Venezuela, Colômbia, Peru,
Bolívia, Equador, Suriname, Guiana e Guiana Francesa. Porém, a maior parte da
floresta está presente em território brasileiro (estados do Amazonas, Amapa,
Rondônia, Acre, Pará e Roraima). Em função de sua biodiversidade e importância,
foi apelidada de o "pulmão do mundo".
Conhecendo a floresta.
Como as árvores crescem muito juntas uma das outras, as
espécies de vegetação rasteira estão presentes em pouca quantidade na floresta.
Isto ocorre, pois com a chegada de poucos raios solares ao solo, este tipo de
vegetação não consegue se desenvolver. O mesmo vale para os animais. A grande
maioria das espécies desta floresta vive nas árvores e são de pequeno e médio
porte. Podemos citar como exemplos de animais típicos da floresta amazônica:
macacos, cobras, marsupiais, tucanos, pica-paus, roedores, morcegos entre
outros. Os rios que cortam a floresta amazônica (rio amazonas e seus afluentes)
são repletos de diversas espécies de peixes.
O clima que encontramos na região desta floresta é o
equatorial, pois ela está situada próxima à linha do equador. Neste tipo de
clima, as temperaturas são elevadas e o índice pluviométrico (quantidade de
chuvas) também. Num dia típico na floresta amazônica, podemos encontrar muito
calor durante o dia com chuvas fortes no final da tarde.
Problemas atuais enfrentados pela floresta amazônica:
Um dos principais problemas é o desmatamento ilegal e
predatório. Madeireiras instalam-se na região para cortar e vender troncos de
árvores nobres. Há também fazendeiros que provocam queimadas na floresta para
ampliação de áreas de cultivo (principalmente de soja). Estes dois problemas
preocupam cientistas e ambientalistas do mundo, pois em pouco tempo, podem
provocar um desequilíbrio no ecossistema da região, colocando em risco a
floresta.
Outro problema é a biopirataria na floresta amazônica.
Cientistas estrangeiros entram na floresta, sem autorização de autoridades
brasileiras, para obter amostras de plantas ou espécies animais. Levam estas
para seus países, pesquisam e desenvolvem substâncias, registrando patente e
depois lucrando com isso. O grande problema é que o Brasil teria que pagar,
futuramente, para utilizar substâncias cujas matérias-primas são originárias do
nosso território.
Com a descoberta de ouro na região (principalmente no estado do Pará), muitos rios estão sendo contaminados. Os garimpeiros usam o mercúrio no garimpo, substância que está contaminando os rios e peixes da região. Índios que habitam a floresta amazônica também sofrem com a extração de ouro na região, pois a água dos rios e os peixes são importantes para a sobrevivência das tribos.
(sua
pesquisa)
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