domingo, outubro 21

*Horário de Verão, o que é e como "funcionamos". Ou não!

O que é?

O Horário de Verão consiste no adiantamento dos relógios para promover economia de energia elétrica com o aproveitamento da luz natural dos dias mais longos das estações de verão/primavera; nas estações de outono/inverno os relógios são atrasados, retornando assim ao horário habitual.
O horário de verão é utilizado por cerca de 30 países. No Brasil, os relógios são adiantados ou atrasados em 1 hora, mas isto varia de país para país.
Foi Benjamin Franklin, em 1784, quem teve a ideia de implantar o horário de verão para economizar velas. Mas a proposta só foi encarada seriamente durante a I Guerra Mundial, sendo adotada também pela Inglaterra e Alemanha. Na II Guerra Mundial, a Inglaterra adotou o sistema novamente, adiantando os relógios em 2 horas. A partir daí, outros países adotaram o horário de verão e continuaram a utilizá-lo mesmo após a guerra.
Nos Estados Unidos, o horário de verão começa no primeiro domingo de abril e termina no último domingo de outubro. Na Inglaterra começa 1 semana antes do que nos Estados Unidos. Em outros países europeus termina na última semana de setembro. No Brasil, o horário de verão começa no início de outubro e termina em meados de fevereiro.
Perguntas & Respostas

1. O horário de verão traz mudanças para o relógio biológico?
Sim, os efeitos do horário de verão são semelhantes ao de uma viagem de avião em que se cruza um fuso horário, sendo que no início essa viagem seria no sentido Leste-Oeste e no término, no sentido oeste-leste. Em condições normais os diversos ritmos do nosso organismo (por ex. ciclo vigília-sono, ritmo de temperatura, etc..) estão sincronizados entre si (o que é chamado de ordem temporal interna) assim como ao claro-escuro ambiental. Com o horário de verão ou a mudança de fusos horários, o organismo tende a sincronizar seus ritmos ao novo horário, no entanto, como cada ritmo tem uma velocidade própria de ajuste ao novo horário, a relação de fase entre os ritmos é modificada (o que chamamos de desordem temporal interna). Após alguns dias ou semanas (dependendo do indivíduo) a ordem temporal interna é restabelecida.
2. Que tipo de alteração a pessoa pode apresentar?
Durante essa fase de desordem temporal interna o indivíduo pode experimentar um mal-estar, dificuldade para dormir no horário habitual (o horário do relógio) e sonolência diurna, o que pode levar também a alterações de humor e de hábitos alimentares.
3. É verdade que existem grupos de pessoas que sofrem mais, dependendo da regulagem de seu relógio biológico, os vespertinos, por exemplo?
Sim, a resposta ao horário de verão é bastante variável entre os indivíduos. Um estudo feito no Brasil, no qual foram entrevistadas 77 pessoas de SP, RS e RN revelou que cerca de 50% das pessoas queixam-se da qualidade de sono após a implantação do horário e as diferenças entre o antes e depois são mais significativas para pessoas que dormem pouco (os chamados pequenos dormidores). Parece também que os indivíduos vespertinos teriam mais facilidade para se adaptar a entrada do horário do que os matutinos e na saída do horário a situação se inverteria, sendo mais fácil para os matutinos do que para os vespertinos, mas não existem estudos a esse respeito, trata-se de uma suposição.
 
4. De que forma essas pessoas são caracterizadas?
O caráter de matutinidade/vespertinidade é avaliado através de um questionário. As pessoas matutinas são aquelas que gostam de acordar e dormir cedo e sentem-se bem dispostas na parte da manhã. Os vespertinos são aqueles que preferem dormir mais tarde, acordar mais tarde (quando é possível), sentem-se bastante sonolentos na parte da manhã e atingem sua maior disposição do fim da tarde em diante. Além desses tipos, existem os indivíduos classificados como indiferentes porque possuem uma maior flexibilidade para alocar seu sono seja para mais cedo ou mais tarde, sem prejuízo ao seu bem-estar. É importante lembrar que a distribuição desses tipos na população segue uma distribuição normal, ou seja, a maioria é indiferente, os tipos extremos de matutinos e vespertinos são minoria, mas existem. A mesma regra vale para a existência de pequenos, médios e grandes dormidores, a maioria dos indivíduos necessita aproximadamente 8 horas de sono, enquanto uma pequena parcela necessita menos e outra parcela mais de 8 horas.
5. Isso é uma preferência pessoal?
Sim e não. É uma preferência pessoal no sentido que só o indivíduo é capaz de saber qual é a sua melhor hora para dormir, acordar, trabalhar, fazer exercícios físicos, etc..., mas essa preferência não pode ser atribuída exclusivamente às convenções sociais. Há evidências recentes de que o caráter de matutinidade/vespertinidade possui uma determinação genética.
6. Durante esse período, os riscos de acidentes podem aumentar? Há pesquisas sobre isso?
Sim, principalmente na entrada do horário de verão quando se perde pelo menos uma hora de sono. No Brasil não existem estatísticas a respeito. No Canadá foi realizado um estudo que mostrou que no dia seguinte à implantação do horário ocorreu um aumento de 7% no número de acidentes de trânsito. A situação volta ao normal somente uma semana após a implantação. Na retirada do horário (quando se ganha uma hora) ocorre uma diminuição do número de acidentes no primeiro dia e um aumento de cerca de 7% uma semana depois da retirada do sistema.
7. O que pode ser feito para minimizar os efeitos da mudança?
Recomenda-se aos indivíduos que, na medida do possível, preparem-se para dormir mais ou menos no horário de sempre (do relógio). Uma boa dica é dormir com as janelas abertas pelo menos nos primeiros dias para acordar com a claridade. Isso ajuda na sincronização. Outra recomendação é que não dirijam por muito tempo (por exemplo, pegar estradas) durante os dias em que se sentem sonolentos e irritados.  
  
8. Sendo a implantação do horário no domingo, adiantar o relógio no sábado pode ser uma boa opção?
Sim, pode ser uma opção, mas como essa adaptação leva pelo menos uns quatro dias, não vai adiantar muito porque na segunda-feira possivelmente ainda se sentirá os efeitos da mudança, mas enfim pode ajudar. (crono.icb.usp.br)
 
Horário de verão no Brasil – 2012 

Horário de verão vai vigorar entre 21 de outubro e 17 de fevereiro de 2013.
O horário de verão começou à meia-noite e, em algumas regiões do país, os relógios devem ser adiantados em uma hora a partir deste domingo (21).
O horário vale nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, além do Tocantins, e vai até o dia 17 de fevereiro de 2013.
A mudança afeta o Distrito Federal e 11 estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins. As regiões Norte e Nordeste não aderem.
Economia de energia

 O objetivo do horário de verão é proporcionar uma economia de energia nos horários de pico, que vai das 18h às 21h, no período do ano em que os dias são mais longos e as noites, mais curtas.
A mudança no horário ajuda a reduzir o consumo em cerca de 5%. A economia deve chegar a R$ 280 milhões.(g1)


Impactos nos Compromissos Profissionais - Fuso Horário 

Com a entrada do horário de verão a diferença de fuso horário em algumas regiões do país pode ser de até 2 (duas) horas do horário de Brasília.
Isto pode gerar alguns transtornos entre empresas e profissionais que se localizam nas cidades afetadas pela mudança e empresas estabelecidas em outras cidades.
Por isso, os profissionais das empresas em geral, fornecedores, profissionais liberais ou qualquer trabalhador que for agendar compromissos entre si e que tenham esta diferença de fuso horário por estarem localizados em regiões diferentes, deverão redobrar a atenção para que não sejam surpreendidos negativamente por chegarem atrasados no local e horário combinado.
São vários os casos de empresas que enfrentam problemas de operação por conta da diferença de fuso horário, já que um fornecedor, por exemplo, que abastece matéria-prima para uma empresa, pode ter seu expediente encerrado 2 horas mais cedo que a empresa cliente.
Se não houver uma programação para tal situação, no caso de uma emergência, a empresa cliente poderá ter sua produção afetada por conta da falta de matéria-prima.
Muito cuidado também devem ter os advogados e prepostos de empresas que possuem audiências marcadas em outras regiões do país, de modo a programar suas viagens para chegar a tempo para honrar seus compromissos.
Nestes casos, se não for observado a diferença de fuso horário, o atraso ou a não participação na audiência pode custar caro para a empresa que o advogado e preposto representam, principalmente se configurar a revelia no processo.
Assim, é imprescindível que as empresas e profissionais pesquisem o horário da região com a qual mantêm vínculos comerciais ou profissionais de modo que a diferença no fuso horário não comprometa seus agendamentos.(GUIA TRABALHISTA)

 Me deixa maluca também!

 

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