quarta-feira, outubro 31

Dia 31 de outubro - Dia do Saci!





Tenho um amigo que me contou um causo de Saci..rss

Em São Tomé das Letras (o ENEPA já dedicou um post a essa incrível cidade das Minas Gerais), terra onde o misticismo faz parte, ele chegou com uma turma para acampar, dois dias depois de um feriado prolongado, logo que saíram dali os muitos turistas que lotaram a cidade.
Olharam desolados para a área onde poderiam montar as barracas. Havia muito lixo, papéis, restos de alimentos, latas, embalagens plásticas... Todos cansados da viagem, sem o menor ânimo para limpar a área antes de montar as barracas e já quase escurecendo..,sentaram num canto e danaram a pitar..rss

De repente um vento inesperado correu o descampado, tiveram que proteger os olhos para evitar a areia e os redemoinhos que se formavam  nos intermináveis minutos que durou o vendaval.

 

Como veio, o vento foi embora, e ao olharem à volta avistaram o lixo amontoado num canto do terreno e a área completamente limpa para montar as barracas.
Ele me contou com a mais absoluta convicção! Em São Tomé tem muito, foi o Saci!

 

De tudo, tenho a comentar, não acredito em sacis, mas adoraria que eles parassem de sumir com os objetos lá de casa...









 

O Saci-Pererê é uma lenda do folclore brasileiro e originou-se entre as tribos indígenas do sul do Brasil.
O saci possui apenas uma perna, usa um gorro vermelho e sempre está com um cachimbo na boca.
 Inicialmente, o saci era retratado como um curumim endiabrado, com duas pernas, cor morena, além de possuir um rabo típico.
Com a influência da mitologia africana, o saci se transformou em um negrinho que perdeu a perna lutando capoeira, além disso, herdou o pito, uma espécie de cachimbo, e ganhou da mitologia europeia um gorrinho vermelho.
 A principal característica do saci é a travessura, ele é muito brincalhão, diverte-se com os animais e com as pessoas. Por ser  muito moleque ele acaba causando transtornos, como: fazer o feijão queimar, esconder objetos, jogar os dedais das costureiras em buracos e etc.
Segundo a lenda, o Saci está nos redemoinhos de vento e pode ser capturado jogando uma peneira sobre os redemoinhos.
 Após a captura, deve-se retirar o capuz da criatura para garantir sua obediência e prendê-lo em uma garrafa.
 Diz também a lenda que os Sacis nascem em brotos de bambus, onde vivem sete anos e, após esse tempo, vivem mais setenta e sete para atentar a vida dos humanos e animais, depois morrem e viram um cogumelo venenoso ou uma orelha de pau.
 
 
Claro que não! rss
 
Plantei um pé de saci
No dia de halloween,
Nasceu um saci sem pé
Pulando dentro de mim.
Simão Pedrosa


Uma história do Saci-Pererê que ninguém te contou  

Todo o pessoal da floresta tem bronca do Saci. É que ele vive aprontando com os outros, como a gente sabe. É levado mesmo.
Um dia deu um nó no rabo da onça.
Outro dia passou batom vermelho na bocona do jacaré. E pra tirar foi um sufoco danado! Só dava aquela bocarra vermelha, com tanto dente branco dentro. 
Na mesma semana, o danado do Saci passou cola num galho de árvore e uma coruja ficou lá grudada!
Parece que ele já acordava com uma ideia de aprontar na cabeça. 
Mas, um belo dia, chegou a hora do troco. 
O Saci-Pererê recebeu uma carta. Era um convite para ser entrevistado no programa do Jô Soares, em São Paulo.
Ele ficou todo orgulhoso, claro!
Seria o representante do folclore brasileiro, falando para o País inteiro, via satélite. 
Então, ele pensou em colocar uma roupa bem bonita e também um sapato chique, de verniz preto. Até comprou um gorro vermelho novo. No grande dia, ele se vestiu, passou perfume... Mas aí chegou a hora de colocar o sapato! Não tinha jeito.
Todo mundo coloca o sapato ficando em pé na outra perna.
Mas o Saci só tem uma perna, ora! 
Daí, pediu ajuda para a onça. Ela, é claro, deu a maior gargalhada!
– Agora você vai ver que onça é pior que amigo da onça, seu bobão! – disse a pintada. Então o Saci foi pedir uma mãozinha para o jacaré.
– Quiá, quiá, quiá! – riu o bicho com seu bocão cheio de dentes. – Se depender de mim, você vai descalço mesmo! 
E o Saci tentou de novo:
– Ô dona Coruja, me ajuda a calçar este sapato, vai! É só unzinho.
A coruja pensou e respondeu que só ia ajudar se o Saci prometesse não aprontar mais com ninguém.
Ele já estava ficando atrasado pra sair. Desse jeito ia atrasar mais ainda o programa que já é atrasado sempre! Olha aqui, dona Coruja, eu vou dizer uma coisa pra senhora. Se eu ficar bonzinho e comportado, ninguém vai me reconhecer. A senhora vai acabar com o folclore, sabia?

 
E era verdade. Saci-Pererê é Saci-Pererê!
Então a coruja, muito sábia, ajudou e, de sapato e cheiroso, o Saci se mandou.
Mas a verdade é que, com a coruja, ele nunca mais aprontou! (Evelyn Heine)


 

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