sexta-feira, novembro 30

* Ói nóis aqui traveis

  

Ói nóis aqui traveis

 

Demônios da Garoa
 
Voceis pensam que nóis fumos embora
Nóis enganemos voceis
Fingimos que fumos e vortemos
Ói nóis aqui traveis
Nóis tava indo
Tava quase lá
E arresorvemo
Vortemos prá cá
E agora, nóis vai ficar fregueis
Ói nóis aqui traveis

 
 
 
Ahahahahahahahahahahah
 
João Rubinato, mais conhecido como Adoniran Barbosa, (Valinhos, 6 de agosto de 1910 — São Paulo, 23 de novembro de 1982) foi um compositor, cantor, humorista e ator brasileiro. Rubinato representava em programas de rádio diversos personagens, entre os quais, Adoniran Barbosa, o qual acabou por se confundir com seu criador, dada a sua popularidade frente aos demais.
Rubinato era filho de Ferdinando e Emma Rubinato, imigrantes italianos da localidade de Cavárzere, província de Veneza. Aos dez anos de idade, sua certidão de nascimento foi adulterada para que o ano de nascimento constasse como 1910 possibilitando que ele trabalhasse de forma legalizada: à época a idade mínima para poder trabalhar era de doze anos.
 Cada situação por ele vivida o transformava num novo personagem numa nova história. Ele nos conta a vida de um típico paulistano, filho de imigrantes italianos, a sobrevivência do paulistano comum numa metrópole que corre, range e solta fumaça por suas ventas. Através de suas músicas, canta passagens dessa vida sofrida, miserável, juntando o paradoxo bom humor / realidade - para quê lamúrias?
Tirou de seu dia a dia a ideia e os personagens de suas músicas. Iracema nasceu de uma notícia de jornal - quando uma mulher havia sido atropelada na Avenida São João.
Adoniran nasceu e morreu pobre - todo o dinheiro que ganhou gastou ajudando ou comemorando sucessos com os amigos - seu combustível era a realidade - porque então querer viver fora dela? Talvez soubesse que o valor maior de suas canções eram interpretações como a de Elis ou Clara Nunes.
Foi um grande colecionador de amigos, com seu jeito simples de fala rouca, contador nato de histórias, conquistava o pessoal do bairro, dos frequentadores dos botecos onde se sentava para compor o que os cariocas reverenciaram como o único verdadeiro samba de São Paulo. Mais do que sambista, Adoniran foi o cantor da integridade. (Wikipédia)

quinta-feira, novembro 29

* A caça as bruxas da mídia golpista



Diante da série de derrotas nas urnas, da perda diária de leitores para os meios alternativos de comunicação e pressionados pelas obrigações cada vez maiores das despesas e custos fixos com os quais precisam arcar, em um mercado publicitário abalado pela crise econômica mundial, jornais, rádios e canais de televisão pertencentes aos grupos empresariais ligados à direita, no Brasil, levantam o tom contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidenta Dilma Rousseff e o ex-ministro José Dirceu, em novas e seguidas tentativas de desgastar a imagem pública dos principais líderes de esquerda no país. A rotina de investigações da Polícia Federal e os consequentes encerramentos de inquéritos, a exemplo da Operação Porto Seguro, transformam-se em espetáculos mediáticos nos quais Lula, Dilma e José Dirceu são imediatamente citados, sem nenhuma prova, nenhuma evidência de culpa.
A velha estratégia de manchetar o assunto no qual envolvem seus desafetos, lhes atribuir a tarefa de provar serem inocentes e, uma vez provada a inocência, consignar apenas um registro de rodapé tem sido uma constante nos últimos anos, mesmo sem resultados favoráveis à mídia conservadora. Em um texto encaminhado ao Correio do Brasil, José Dirceu registra este fato: “Encerradas as investigações, denunciados os responsáveis e finalizados os inquéritos, comprovou-se que eu nunca tive ligações com nada disso”.
“Encerrados a ‘temporada’ e o sucesso midiático do escândalo, silenciam quanto ao fato de nada ter se provado contra mim”, acrescentou o ex-ministro.
Ao contrário do que a imprensa conservadora se apressou em divulgar, nos últimos dias, também não existe qualquer registro de troca de telefonemas entre a ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa Noronha, e o ex-presidente Lula. A notícia, divulgada com estardalhaço nos maiores jornais do país, nas TVs e rádios de propriedade dos grandes grupos de comunicação, simplesmente é falsa. Quem garante é a procuradora da República Suzana Fairbanks, responsável pelas investigações que culminaram na Operação Porto Seguro – em que Noronha foi indiciada por suspeita de tráfico de influência e corrupção passiva. Os jornais mantidos pela direita no país chegaram a afirmar que foram centenas de telefonemas.
– Conversa dela com o Lula não existe. Nem conversa, nem áudio e nem e-mail. Se tivesse, nós já não estaríamos mais com a investigação aqui. Eu não sei de onde saiu isso, porque nunca tive acesso (a tal informação). Vocês podem virar de ponta cabeça o inquérito, em toda a investigação – afirmou a procuradora a jornalistas.
Sobre o ex-ministro José Dirceu, Fairbanks garante que, apesar de ele ter sido citado nos e-mails de Rosemary, também não há qualquer indício de sua participação no esquema.
– Não tem uma relação direta dele de sociedade ou de eventual lucro – pontuou.
A PF e a Procuradoria têm 600 páginas com conteúdo da investigação sobre a ex-chefe de gabinete, que foi exonerada do cargo, na segunda-feira. A PF recolheu e fez cópia da memória de computadores e documentos de Noronha, tanto de sua sala, no escritório da Presidência, como de sua casa. De acordo com a procuradora, Noronha, devido à posição que ocupava, tinha acesso a pessoas com “os cargos mais altos” e “vendia sua influência”. Ela teria conseguido a nomeação, em maio de 2010, do diretor de Hidrologia da Agência Nacional de Águas (ANA), Paulo Rodrigues Vieira, e do diretor de Infraestrutura Aeroportuária da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Rubens Carlos Vieira. Os irmãos são acusados de chefiar a quadrilha.
– Eles sabiam que ela tinha acesso a gente privilegiada dentro do governo. Tanto que se utilizava desse cargo, e aí é que está o crime, para fazer contatos de interesse deles. Agendamento de reunião com políticos, nomeação deles nas agências reguladoras. Ela ficava lá, pegando no pé do pessoal do alto escalão, porque tinha essa proximidade, tinha proximidade física. Ela debate muito com eles, ‘vou falar com fulano, vou falar com sicrano’. Mas eu não sei exatamente com quem ela conseguiu isso (as nomeações). O fato é que estava tentando e ela estava veementemente trabalhando nisso – disse a procuradora.
O “pagamento” pelas nomeações, segundo a procuradora, era feito com dinheiro para cirurgias e novas nomeações, agora realizadas pelos irmãos Vieira, supostamente em benefício de Noronha ou pessoas ligadas a ela. Nenhuma das pessoas beneficiadas também guardam qualquer proximidade com Lula, Dilma e Dirceu.
Irmãos Valente 

O alvo principal da operação são os irmãos Paulo, Rubens e Marcelo Valente, acusados de comandar um esquema criminoso infiltrado dentro de órgãos federais.
– A documentação dos autos é muito característica. Eles não param de cometer crimes, a polícia até usa essa expressão quando pede as prisões. O fundamento é: eles simplesmente não param de cometer crimes. E foi o que a gente percebeu. É o tempo inteiro, é o modus operandi deles, está na vida deles, eles só fazem isso o tempo inteiro – disse a procuradora, na noite passada.
Os irmãos Paulo Rodrigues Vieira, ex-diretor de Hidrologia da Agência Nacional de Águas (ANA); Rubens Carlos Vieira, ex-diretor de Infraestrutura Aeroportuária da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac); e Marcelo Rodrigues Vieira, empresário, foram presos na última sexta-feira, acusados de formação de quadrilha. Segundo a procuradora, eles vendiam pareceres a grupos empresariais para os mais diversos fins.
– O processo do Tribunal de Contas da União que gerou toda essa investigação era a concessão de áreas no terminal do Porto de Santos que não tinham sido licitadas – disse.
A investigação da Operação Porto Seguro começou com um inquérito civil público para a apuração de improbidade administrativa. O ex-auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Cyonil da Cunha Borges de Faria Júnior revelou ao Ministério Público Federal e à Polícia Federal que lhe foram oferecidos R$ 300 mil para que elaborasse um parecer técnico a fim de beneficiar um grupo empresarial do setor portuário que atua no Porto de Santos, a empresa Terminal para Contêineres da Margem Direita (Tecondi), em um contrato com a Companhia Docas de São Paulo (Codesp).
– Ele (Cyonil) é um corrupto que sofreu um golpe, porque recebeu um calote do pagamento, não pagaram tudo e ele resolveu denunciar o esquema. Eram R$ 300 mil (o prometido) e ele recebeu R$ 100 mil, e ficou cobrando os outros R$ 200 mil – destacou.
Dirceu citado
Indignado com a citação de seu nome como suspeito em um esquema do qual não há a menor evidência capaz de ligá-lo aos crimes investigados na Operação Porto Seguro, o ex-ministro José Dirceu apontou a mídia conservadora como origem das notícias falsas. “Por várias vezes em anos recentes, a imprensa (ligada à direita) vinculou-me a escândalos que, depois de concluídas as investigações, denunciados os responsáveis e finalizados os inquéritos, comprovou-se que eu nada tinha a ver com tais episódios. Meu nome nem sequer figurou como testemunha nestes processos”, desabafa.
“Foi assim pelo menos seis vezes: nos casos Celso Daniel; MSI-Corinthians; Eletronet; Operação Satiagraha; Carlos Alberto Bejani, ex-prefeito de Juiz de Fora (MG), do PTB; e Alberto Mourão, ex-prefeito de Praia Grande (SP), do PSDB. Em alguns desses casos – como Bejani, Eletronet e Satiagraha –, meu nome foi parar no noticiário das TVs. Repito: encerradas as investigações, denunciados os responsáveis e finalizados os inquéritos, comprovou-se que eu nunca tive ligações com nada disso”, acrescentou o ex-ministro.
“Agora, a história se repete. A partir de declarações de Cyonil Borges, ex-auditor do TCU sob investigação da Polícia Federal na Operação Porto Seguro, que apura denúncias relacionadas a Paulo Vieira (ex-diretor da Agência Nacional de Águas-ANA), de novo sou envolvido. Gratuitamente. Irresponsavelmente, como das outras vezes. As investigações ainda estão em curso e meu nome já é escandalosamente noticiado como relacionado ao caso. Não custa recordar que Francisco Daniel, irmão do ex-prefeito assassinado de Santo André, Celso Daniel, fez o mesmo: acusou-me de beneficiário de esquema de corrupção que teria havido em Santo André. Quando o processei por calúnia, ele afirmou em juízo que ouvira de terceiros que eu era o destinatário de recursos financeiros ilegais para campanhas eleitorais do PT”, pontuou José Dirceu. 

Ainda segundo o líder petista, “Francisco Daniel retratou-se, de forma cabal e indiscutível na Justiça. Mas isso praticamente não foi noticiado pela imprensa. E continua sem ser noticiado quando a mídia com frequência volta ao caso Celso Daniel. Ela repete a acusação que me foi feita por Francisco, sem registrar – ou fazendo-o sem o menor destaque – que ele se retratou. Assim foi em todos os demais casos que lembrei. Envolvem meu nome no noticiário com o maior estardalhaço, mas encerrados a “temporada” e o sucesso midiático do escândalo, silenciam quanto ao fato de nada ter se provado contra mim – pelo contrário, as investigações terem concluído que eu não tive o menor envolvimento com o caso em pauta”. (Correio do Brasil)

quarta-feira, novembro 28

* Mulheres de coragem não pedem para sair!





Cynthiane teve cabelo raspado e ficou 5 meses na mata em curso do Bope. Oficial lidera o Batalhão de Choque da PM do DF e diz: 'ainda quero mais'

 Cynthiane raspou o cabelo e passou cinco meses com um grupo de homens na mata, enfrentando dificuldades impostas por um dos mais rigorosos cursos de ações táticas e operações especiais do país, que prepara policiais de tropas de elite para atuar em situações complexas como sequestros e distúrbios em presídios. No dia 19 de outubro, a hoje tenente-coronel Cynthiane Maria Santos, de 40 anos, foi nomeada pela Polícia Militar a primeira mulher a comandar uma tropa de elite no Brasil: o Batalhão de Choque do Distrito Federal.
No curso [do Bope], a pressão é tanta que você fica assexuado. Não tive nenhum problema"
Rastejar na lama, buscar criminosos na mata e suportar frio, longas caminhadas, noites sem dormir, racionamento de comida e horas seguidas de aulas de tiro garantiram a Cynthiane a farda com uma caveira, símbolo das melhores tropas de elite do mundo.
Ela é uma das poucas brasileiras a concluir um curso da elite da polícia. Formada em 1999 no treinamento do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) do Distrito Federal, foi a única mulher em meio a 42 homens. Vinte abandonaram. Ela, não.
"Ainda há preconceito. Ouço comentários de que não acreditam que eu concluí o curso, que não sou capaz. Mas os homens me respeitam, nunca tive caso de insubordinação. Ainda quero mais. Todo mundo sabe que meu sonho é comandar o Batalhão de Operações Especiais", diz a tenente-coronel.
Ela garante que não teve qualquer regalia ou diferencial em relação aos demais colegas. Nos treinamentos na mata, tinha que procurar "uma moita" mais longe quando precisava ir ao banheiro. "No curso, a pressão é tanta que você fica assexuado. Não tive nenhum problema".
 
 

'Pede pra sair'
As dificuldades do curso fizeram Cynthiane pensar em desistir. "Eu falava 'vou pedir para ir embora, não aguento mais', e meus colegas do curso me incentivavam a fazer isso. Eles respondiam ‘pede, pede para sair mesmo, porque daí eu posso sair também’. Não desistiam porque eu ainda estava lá", relembra. "Mas daí eu pensava: daqui eu não saio, daqui ninguém me tira".

Além do Distrito Federal, nove estados possuem Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Em nenhum deles, no entanto, uma mulher completou o curso de formação. Em Roraima, uma sargento passou nos testes físicos e psicológicos, conseguiu ingressar no treinamento que dura 7 meses, mas foi cortada depois de 80 dias. Segundo o major Elias Santana, comandante do Batalhão de Operações Policiais Especiais de Roraima, ela não suportou as adversidades curso.
Eu falava 'vou pedir para ir embora, não aguento mais', e meus colegas do curso me incentivavam a fazer isso. Eles respondiam ‘pede, pede para sair mesmo, porque daí eu posso sair também’.

No Bope do Rio de Janeiro, famoso pelo filme "Tropa de Elite", nenhuma mulher foi formada desde que a unidade foi criada, em 1978. Em São Paulo, tanto as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) quanto o Comandos e Operações Especiais (COE), tropas usadas na repressão contra grupos armados em situações de alto risco, não permitem mulheres em seus grupos operacionais.
Os cursos de Comandos, do Exército, de Para-Sar, da Aeronáutica e de Comandos Anfíbios, da Marinha, também não permitem o ingresso de mulheres. As trêsequipes das Forças Armadas formam agentes extremamente especializados em ações contra terrorismo, no resgate de reféns, em inteligência e conflitos.
"Este universo de tropas especiais é muito masculino. Eu já estou completamente integrada aqui no Distrito Federal, mas deve ter situações pelo país que mulheres ainda enfrentam muito preconceito", afirma Cynthiane.
A minha chegada ao comando mostra que uma mulher pode qualquer coisa, basta querer, ter preparo psicológico e persistência

Depois de Cynthiane, nenhuma outra mulher fez um curso de operações especiais no Brasil. Onze anos antes dela, duas mulheres, também no Distrito Federal, fizeram um curso semelhante, mas ainda não existia Bope na região.
"A minha chegada ao comando mostra que uma mulher pode qualquer coisa, basta querer, ter preparo psicológico e persistência", completa a oficial, com unhas pintadas de vermelho e longos cabelos pretos presos em um rabo de cavalo.
 

"Vamos cortar o cabelo longo dela"
Cynthiane recorda que, no início do curso, ouviu uma conversa entre dois instrutores. "Vamos cortar o cabelo longo dela e fazer ela se desligar. Pegar ela pela vaidade", recorda. "Eu ouvi o comentário e cheguei ao quartel de cabelo curto, mas decidiram passar máquina zero. Meu filho tinha 3 anos e se assustou quando me viu. Eu brinco que carreguei cada um dos meus companheiros nas costas, porque tinha que mostrar que eu estava ali para sobreviver, para mostrar para eles que eu era capaz", diz a oficial.
"Acho que foi muito mais difícil para eles, homens, entenderem que eu estava passando por todas as etapas e conseguindo ir adiante, do que para mim. Quando decidi fazer o curso, pensei: eu só saio daqui se algo grave acontecer. Não vou desistir", afirma.
 
 
Treinamento diferenciado
O Bope do Rio de Janeiro, unidade reconhecida como uma das melhores do mundo em incursões em favelas, devido a operações diárias contra traficantes, tem algumas policiais mulheres que trabalham em áreas como medicina e comunicação social. No entanto, segundo o coronel Mário Sérgio Duarte, ex-comandante-geral da PM do Rio e que comandou o Bope, nenhuma delas fez o curso.
"Não há mulheres cursadas no Bope. Até há algumas do quadro de combatente, em outros setores. Tínhamos o projeto de adequar o curso para a presença de mulheres, com um teste de aptidão física (TAF) e treinamentos diferenciados, mas não acabou ocorrendo", diz Duarte.

Para mim, é um enorme desafio comandar o Choque por nenhuma outra mulher ter comandando uma tropa de elite no país. Mas não deixo a feminilidade de lado, por ser o que eu sou. Uso vestido, salto alto, maquiagem. Fora do quartel, eu sou a Cyntiane, não a comandante"

Através da assessoria de imprensa, o Bope do Rio de Janeiro informou que não limita vagas pelo sexo e que tanto homens como mulheres podem se inscrever no curso. "As provas seletivas são as mesmas e não há previsão para modificação no edital, visando diferença em qualquer etapa do concurso".
Filha de militar do Exército, a tenente-coronel Cynthiane lembra que sempre teve o apoio da família na carreira, desde que ingressou na Academia da PM do Distrito Federal, em 1992. Nas ruas, ela trabalhou no policiamento de trânsito, na Guarda Presidencial e, por um ano, em missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) no Timor Leste.
"Quando me formei como PM, os tempos eram outros. As mulheres trabalhavam em grupos separados dos homens. Depois que fiz curso de pós-graduação, assumi a responsabilidade por áreas de ensino da polícia", relembra. "Resolvi conhecer um dos vários cursos realizados no Bope e o primeiro que fiz foi para me especializar na segurança de autoridades. Eu estava em ótima forma física e o comandante do Bope me convidou para ficar. Não tinha ideia do que me esperava".
No comando do Batalhão de Choque, que inclui pelotões que buscam conter assassinatos na região metropolitana do Distrito Federal, a oficial diz que a profissão lhe permite viver muitas emoções e "situações bem peculiares". "Quanto você está em uma troca de tiros, sua vida está em risco por milímetros. É uma situação em que você está muito exposto", diz.
Ela recomenda que mulheres tenham coragem para arriscar na carreira. "Para mim, é um enorme desafio comandar o Choque por nenhuma outra mulher ter comandando uma tropa de elite no país."(g1)


 

terça-feira, novembro 27

* Quando juntam um designer imbecil e um prefeito idiota, vê no que dá!


São Paulo interessado em atender a determinação de viabilizar o acesso de deficientes aos meios de transporte, encontrou uma solução absurda que coloca em risco TODOS OS USUÁRIOS DE LINHAS DE ÕNIBUS.
Explicando: Na busca de soluções que facilitem a vida dos cadeirantes há alguns anos colocaram elevadores, rampas móveis, nas entradas, que se não eram as soluções ideais, cumpriam a determinação de transportar um ou outro cadeirante que faz uso do transporte público.

Agora encontraram uma solução simplesmente absurda. No meio do ônibus tem portas que ficam â altura das calçadas, sem degraus, solução barata que permite acesso fácil e eficiente para qualquer deficiente. Só que para o usuário comum que entra pela porta da frente e sai pela porta dos fundos, tem dois degraus para descer até o cobrador, e depois mais dois degraus para subir até a porta de saída
SIM!!!! Dois degraus para descer, e dois para subir NO MEIO DO CORREDOR, mesmo durante o rush se espremendo dos dois lados, sem a menor visibilidade de onde se pisa!!!!!!!!!!!!
Hoje, numa freada saí voando pelos degraus, por sorte fui generosamente apanhada em voo por um japonês com jeitão de lutador de sumô...

Mas, fico me perguntando, QUANTAS PESSOAS JÁ SE FERIRAM COM ESSA GENIALIDADE DE UM DESIGN IMBECIL E UM PREFEITO MAIS IMBECIL AINDA QUE APROVA ESSA BARBARIDADE?

É claro que considero justas as medidas que facilitem a vida dos cadeirantes, mas não as custas e riscos da grande maioria dos usuários que não são!

Como o que é 'BOM' para São Paulo, é ótimo para o todos, fica aqui o aviso, se aparecer um ônibus desses na sua cidade, bota fogo!

 
 
Visão do piso onde ficaria um deficiente físico, ou o local onde fica o cobrador, para o fim do ônibus onde fica a porta da saída. Lembrando que antes disso tem esses mesmos dois degraus para descer, com o ônibus em movimento, para chegar até a catraca.

Kassab, JÁ VAI TARDE!

Pronto, falei!

 

domingo, novembro 25

* Homens contra o machismo



Não sei de quem é esse texto, encontrei num site, Protopia. Resolvi publicar porque considerei bem interessante o ponto de vista do autor em um dos sutis "privilégios" que o machismo concede aos homens. 

Vamos ao texto:




Manifesto: Homens contra o machismo! 

Homens contra o machismo 

Não pelas mulheres  

Não. Não é pelas mulheres que lutamos contra o machismo. Não é pelos muitos males que o machismo historicamente ocasionou e ainda hoje ocasiona às mulheres. Nisso não há muita novidade, visto que faz um século que já é dito das muitas formas que há para se divulgar informação: passeatas com cartazes, sutiãs queimados em praça pública, peças de teatro, filmes, palestras, teses de mestrado, novelas, artigos de revista, jornal, livros e principalmente nos discursos cotidianos dentro dos lares. Todos já sabem disso e mesmo assim o machismo ainda existe em nossas civilizações. Está sem dúvida diferente daquele do início do século passado, mas sobrevive, insiste e se perpetua para as próximas gerações em nossas modernas sociedades neoliberais.
Sim. É pelos homens que lutamos contra o machismo! É aí que está a novidade. Quem sabe com isso a gente desatola o movimento de revolução social contra o machismo que, depois de tantas lutas e conquistas de direitos para mulher, está estagnado.
O que pouco se disse sobre o assunto é que O MACHISMO PREJUDICA OS HOMENS! 
Acorda homem! Faz um século que as mulheres lutam contra o machismo e nós estamos somente na defensiva! O que nos prende é a ilusão de que o machismo nos beneficia.
Percebe homem, como hoje o machismo é perpetuado pelas mulheres. 
Não quero dizer que o homem não sustenta a cultura machista com suas atitudes. É claro que sim. É claro! Esse é o detalhe: é claro para todos. Todo mundo já está cansado de saber disso, todo mundo sabe apontar uma postura ou uma atitude machista de um homem. Muitas vezes, até ele mesmo consegue admitir isso, mesmo que não consiga mudar.
Mas, e o machismo das mulheres? Quem é que está apontando?
O machismo encontra atrás da falsa ideia de que as mulheres são antimachistas o esconderijo perfeito para se perpetuar em nossas culturas, onde ainda se acredita que os homens têm muito mais atitudes machistas do que as mulheres. Isso não existe nem nunca existiu! – trata-se de um pacto onde homens e mulheres assumem e divulgam o machismo com suas atitudes. Entre homens e mulheres não cabe enxergar quem é mais ou menos machista, mas sim como cada um é machista à sua forma e o quanto o machismo interessa a cada um.
Como causa e consequência do machismo, as mulheres continuam sendo  as principais cuidadoras das crianças. Bastava uma ou duas gerações criadas de forma não machista para que os hábitos machistas fossem extintos na grande maioria dos lares.

 
A mãe é a principal responsável por uma criação que exige das meninas que se tornem mulheres capazes de assumir seus próprios lares no futuro; enquanto que dos meninos… não se exige que eles desenvolvam a autogestão de sua esfera doméstica – roupas, comida, limpeza da casa e, invariavelmente, os tornam mimados e dependentes de uma mulher para fazê-lo.
Pergunte a qualquer mulher que teve irmãos, se sua mãe fazia ou não fazia distinção entre os filhos homens e mulheres na solicitação e exigência de assumirem as tarefas de casa.
Acorda homem! Pensa no que mudou da primeira década de 1900 para a primeira década de 2000. Naquela época a criação dada às meninas podava sua capacidade de atuação na esfera social, mas lhe dava plena competência na esfera doméstica; já com os meninos ocorria o contrário: eram incentivados a atuar na esfera social e completos incompetentes na esfera doméstica, incapazes de sustentar um lar sem depender de alguma mulher, fosse mãe, esposa ou empregada doméstica.
O que mudou foi que hoje as mulheres atuam de forma eficaz e competente em todos os ramos da esfera social: empresarial, político, artístico, etc. Toda mãe e todo pai exige que sua filha estude, tenha possibilidade de trabalhar, gerar renda, projetar-se socialmente de forma a “não depender de homem algum”.

 
E os homens? Criaram nesse um século que nos separa de 1900 a capacidade de responsabilizar-se pela manutenção de um lar, competência e eficácia para atuar na esfera doméstica, de forma a não depender de mulher nenhuma? Ou ainda continuamos dependentes de uma mãe, uma esposa ou uma empregada doméstica para que nossas casas não se tornem uma imensa bagunça: pia cheia de louça por lavar, chão sujo, comida de má qualidade, e tudo mais que é de praxe se encontrar na casa de homens recém-saídos da casa dos pais que tentam montar suas próprias casas?
Não estamos exatamente iguais há um século, sem dúvida muitos homens hoje em dia sabem “se virar” na cozinha, organizam suas casas sozinhos ou ajudam suas mulheres nisso. Mas, a grande maioria dos homens é assim? Ou são apenas alguns?
Agora, a grande maioria das mulheres tem capacidade de arrumar emprego, fazer carreira profissional, ter seu carro, sair, beber nos bares, ir a shows, bailes, apresentarem-se como artistas, cantoras, atoras, participar da vida pública, da política e tudo mais que seja da esfera social.
Percebe-se claramente a defasagem do homem. 

A quem o machismo prejudica mais? 

Por que, por exemplo, é tão mais difícil para os homens ultrapassar a crise da aposentadoria?

Porque os homens que se aposentam hoje foram criados há cerca de 50 anos atrás, dentro da tradicional criação machista. Esses homens encontram sérias dificuldades para achar seu lugar dentro de casa. Ainda hoje, início do séc. XXI, a casa é território da mulher. Principalmente as casas de mulheres educadas há cerca de 50 anos atrás. Invariavelmente, com raras exceções, a cozinha das casas dos casais casados tem mais o jeito, a “cara” da mulher do que do homem. As mulheres da época que esses homens foram criados por suas mães tinham um ditado que dizia: “homem na cozinha só atrapalha”. “Quer ver homem atrapalhar é na hora da limpeza geral da casa. O homem fica como um móvel que se arrasta para cá e para lá, muda de cômodo, enquanto sobe poeira, joga água, passa cera.
A armadilha que prende o homem a essa situação é a ilusão de que ele se beneficia ao não ter o trabalho doméstico. Uma folga que não vale a pena que custa, pois não se vive sem um lar. E se o homem não tem a capacidade de manter sozinho um lar de qualidade, gostoso, aconchegante, limpo, com comida boa, ele vai depender de uma ou mais mulheres.
As mulheres, pelo contrário, conseguem manter um lar de qualidade independentes dos homens.
Saltam aos olhos a quantidade de homens que morrem nos primeiros anos após a aposentadoria. E não é preciso pesquisa porque todo mundo conhece um ou mais casos, basta puxar esse assunto numa roda de conhecidos que alguém logo lembra de um.
O mesmo não acontece com as mulheres que se aposentam. 
Quando se rompe bruscamente a atuação na esfera social como no caso da aposentadoria, até que o homem possa estabelecer outras atividades sociais além do trabalho, ele precisa de um tempo para ficar confuso, descansar, retomar fôlego, repensar. Nem sempre encontra em sua própria casa um bom lugar para superar suas crises, um refúgio onde se encontre, onde também se veja refletido em obra, na materialidade à sua volta, como acontecia no trabalho.

sexta-feira, novembro 23

* Beleza para quem tem olhos de ver beleza!

O fotógrafo amador Roger Merrifield, de 46 anos, registrou uma série de imagens retratando a natureza da Grã-Bretanha, sempre refletida nas plácidas águas de lagos no norte do país.
As fotos de Merrifield foram feitas durante a mudança de estação característica do outono e flagram as cores características dessa estação, com tons vívidos de vermelho, laranja e marrom.
Os efeitos dos reflexos que ele registra por vezes são tão fortes que as imagens chegam a dar a impressão de que foram criadas artificialmente com o auxílio de computadores.
Merrifield diz que o outono é sua estação favorita do ano e que a maior parte de suas fotos costumam ser registradas nesta época do ano.
Ainda que um amador, ele é bastante obsessivo e passional em relação aos temas de suas imagens.
E viaja várias vezes ao ano às regiões onde mais aprecia registrar fotos, entre elas as Terras Altas da Escócia, para flagrar ''o esplendor do outono''.
 

O fotógrafo amador Roger Merrifield capturou uma série de paisagens da natureza britânica durante o outono, sempre refletidas em lagos. Esta foto foi registrada por ele em Buttermere, na Região dos Lagos, no noroeste da Inglaterra.



  Merrifield é fascinado por regiões ao norte da Grã-Bretanha, em especial a Escócia, onde, segundo ele, é mais fácil flagrar o ''esplendor do outono''. Esta imagem foi feita no Lago Glencoe, nas Terras Altas da Escócia.
 

Aqui, o fotógrafo voltou sua lente para o Lago Etive, também na Escócia. Ele comenta que as Terras Altas escocesas são particularmente interessantes, devido às suas transformações de cores e ambientes, características do outono.


 O fotógrafo conseguiu registrar com habilidade os diferentes tons característicos do outono britânico, a sua estação favorita do ano.


  Aqui, Merrifield não precisou ir longe para clicar esta bela imagem. Ele captou a beleza da Reserva de Thirlmere, em Keswick, na região de Cúmbria, na Inglaterra, onde mora.

 

 A Ilha de Skye se caracteriza por sua paisagem agreste, com pouca vegetação, o que a distingue da Escócia continental. Merrifield mostra aqui o Lago Caol.

As fotos de Merrifield por vezes lembram pinturas, como esta que remete a uma aquarela de Turner, o mestre inglês do século 18 que tinha na natureza sua maior musa.
 

 Os reflexos presentes nas imagens do fotógrafo amador conferem a elas um tom aspecto surrealista, como se tivessem sido alteradas com o auxílio de um computador.
 
 
 As fotos de Merrifield por vezes lembram pinturas, como esta que remete a um quadro impressionista. Esta paisagem mostra a vegetação em torno do rio Wharfe, em Boton Abbey, na Inglaterra. (Bbc)


quarta-feira, novembro 21

* Bolo de fubá cremoso para o chá das cinco




INGREDIENTES:
 4 xícaras (chá) de leite
 4 ovos
 2 colheres (sopa) de manteiga
 2 xícaras (chá) de açúcar
 1 xícara (chá) de queijo parmesão ralado
 1 ½ xícara (chá) de fubá
 2 colheres (sopa) de farinha de trigo
 1 colher (sopa) de fermento em pó
 Para decorar
 Açúcar e canela
 
MODO DE PREPARO:
 Em um liquidificador, bater bem o leite, os ovos, a manteiga e o açúcar.
 Num bowl, colocar o queijo parmesão, o fubá e a farinha de trigo.
 Acrescentar o líquido que esta no liquidificador.
 Misturar até obter uma massa homogênea.
 Misturar o fermento no fim.
 Despejar a mistura em uma forma untada e com fubá.
 Assar em forno pré-aquecido a 150°C por aproximadamente 30 minutos.
 
 
Uma receitinha para o chá das cinco enquanto a fubá justiça brasileira se delicia com as últimas notícias e ri da cara dos brasileiros: Condenação de José Dirceu, liberdade para Carlinhos Cachoeira, aprovação da liminar para Marconi Perillo e adiamento do julgamento do goleiro Bruno.
Lambuzem-se, não precisa me mandar um pedaço não, EU NÃO GOSTO!
Odeio gente fubá, bolo de fubá e fubá!

terça-feira, novembro 20

* Pérolas Negras

 
 
 
Pérola Negra - Luiz Melodia
 
Tente passar pelo que estou passando
 Tente apagar este teu novo engano
 Tente me amar pois estou de amando
 
 
 Baby, te amo, nem sei se te amo
Tente usar a roupa que eu estou usando
 Tente esquecer em que ano estamos
 Arranje algum sangue, escreva num pano
 Pérola Negra, te amo, te amo 
Rasgue a camisa, enxugue meu pranto
 
 
 Como prova de amor mostre teu novo canto
 Escreva num quadro em palavras gigantes
 Pérola Negra, te amo, te amo 
Tente entender tudo mais sobre o sexo
 Peça meu livro querendo eu te empresto
 Se inteire da coisa sem haver engano
 
 
 
Dia 20 de novembro, dia da Consciência Negra!
 
Parabéns a doce e linda negritude brasileira!



 Essas fotos maravilhosas de Miro, estão na exposição Pérolas Negras no Museu Afro Brasil no Parque Ibirapuera - São Paulo. Free, excelente sugestão para o dia!.

O ENEPA que nunca teve a pretensão de ser autoral, mostra a cobra e mata a pau!

Bonus!