quinta-feira, setembro 20

* Rio Tietê! O simbolo e a vergonha maior de São Paulo


Se alguém quer falar alguma coisa horrorosa sobre São Paulo a primeira lembrança é a imundície eterna do Rio Tietê e seu fedor! Justo o bom, forte e valente Tietê, de características únicas, um rio que não corre para o mar, mas corre para o interior do estado!

Pois acabo de ler uma notícia, em vésperas de uma eleição à prefeitura, claro!, que se não "cheirasse" a mais uma promessa irresponsável, seria enfim, uma grande notícia! Vale lembrar que o Rio Tietê e seu assoreamento foi o responsável pelas enchentes na capital e cidades próximas nos últimos anos, graças aos serviços de desassoriamento que deixaram de ser feitos por três anos (impensável!) pelo governo do Estado de São Paulo. Obra no Rio Tietê, na capital, pelo que se sabe, foi a diminuição de suas margens para aumentar o espaço para fluxo de carros na Marginal. Mas, vamos a notícia:

Pirapora!


"Rio Tietê perderá o cheiro ruim até 2015, diz governo

O governo de SP disse ontem que o rio Tietê não terá mais cheiro ruim e poderá ter até peixes em 2015 em toda a região metropolitana, em razão do trabalho de despoluição que está sendo feito.
O Projeto Tietê, iniciado em 1992, está na terceira fase e consiste em ampliar o tratamento e a coleta de esgoto.
Segundo o governo, ao final dessa etapa, haverá "alguma vida aquática" entre Suzano e Pirapora do Bom Jesus, no trecho que corta a capital e onde não há oxigênio.
De acordo com Dilma Pena, presidente da Sabesp, estatal que gerencia o projeto, será possível ver no Tietê "peixes mais resistentes".
Malu Ribeiro, coordenadora da Rede de Águas da Fundação SOS Mata Atlântica, discorda.
Para ela, o único peixe que pode sobreviver no trecho do Tietê na capital é o caborja, espécie que não depende do oxigênio da água para viver --ele põe a cabeça fora do rio para respirar.
Outros tipos de peixe que chegarem a essa parte do Tietê inevitavelmente morrerão, afirma a ambientalista. A SOS Mata Atlântica é uma das idealizadoras do Projeto Tietê.
Para tirar o mau cheiro do Tietê, o governo de SP quer ampliar o nível de oxigênio do rio, combatendo o despejo de lixo e sujeira.
 
 
Em 2015, o índice de coleta de esgoto na Grande São Paulo deverá subir dos atuais 84% para 87% e o de tratamento, de 70% para 84%, segundo a Sabesp, que atua em 32 das 38 cidades da região.
Até 2020, o Estado planeja levar a 100% o tratamento e a coleta de esgoto nestes municípios.
O cronograma original era concluir a universalização até 2018. Segundo a Sabesp, o prazo foi estendido para 2020 pela necessidade de contrair financiamentos e firmar contratos com órgãos internacionais.
A universalização está prevista na quarta fase do projeto Tietê, depois de 2015.
Ontem, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse que, ao concluir o atual mandato, em 2014, deixará contratos de financiamento encaminhados para permitir a execução nos anos seguintes.
A terceira fase do Projeto Tietê custou US$ 1,8 bilhão, diz. (RICARDO GALLO – G1)"

 



 
O Tietê na capital e em Santana do Parnaíba onde seu leito se enche de espuma de dejetos industriais. Uma cidade simpática de povo hospitaleiro, mas o cheiro do rio....!
 
Sabe aquela máxima : que pena que a Tv ainda não tem cheiro?, pois eu posso lhes garantir, sorte que as fotos ainda não cheiro, o odor do rio Tietê, o mais poluido do país, não é mole não!
 
 
Como eu ia dizendo: Chamam de peixes esses monstrengos? Me engana que eu gosto!


O HERÓICO RIO TIETÊ




O Rio Tietê é um rio brasileiro do estado de São Paulo. É conhecido nacionalmente por atravessar, em seus 1 010 km, praticamente todo estado de São Paulo de leste a oeste, marcando a geografia urbana da maior cidade do país, a capital paulista.
 O Tietê nasce em Salesópolis na serra do Mar,  a 1.120 metros de altitude. Apesar de estar a apenas 22 quilômetros do litoral, as escarpas da serra do Mar obrigam-no a caminhar em sentido inverso, rumo ao interior, atravessando o estado de São Paulo de sudeste a noroeste até desaguar no lago formado pela barragem de Jupiá, no rio Paraná, entre os municípios de Itapura (São Paulo) e Três Lagoas (Mato Grosso do Sul), cerca de cinquenta quilômetros a jusante da cidade de Pereira Barreto.
O nome "Tietê" foi registrado pela primeira vez em um mapa no ano de 1748 no mapa D'Anvile. O hidrônimo é de origem tupi e significa "água verdadeira", com a da junção dos termos ti ("água") e eté ("verdadeiro").
As nascentes ficam no Parque Nascentes do Rio Tietê, que se situa no município de Salesópolis. São cerca de 134 hectares, dos quais 9,6 já estão sob controle ambiental, protegendo as diversas nascentes que irão formar o mais importante rio do estado de São Paulo.

Localiza-se no bairro da Pedra Rajada, a dezessete quilômetros do centro de Salesópolis, junto a divisa com o município de Paraibuna. O acesso se dá pela SP-88 (Estrada das Pitas), onde se acessa uma estrada vicinal de seis quilômetros em terra batida que leva à nascente.
Inicialmente nas mãos de particulares, teve sua flora original destruída. Tombado pelo estado, sua área foi recuperada, apresentando, agora, floresta secundária. As nascentes surgem entre rochas que ladeiam um minúsculo lago. A água brota em três diferentes pontos e o lago é povoado por pequenos peixes, os guarus.
Logo a poucos metros de sua nascente, um vertedouro permite medir o volume de água gerado pelo lençol freático. Destaca-se o elevado fluxo de água produzido pela nascente. Um mural no local fornece alguns dados da nascente do rio Tietê. Na data indicada, verifica-se que as nascentes produziram mais de três metros cúbicos de água por hora. Ao longo do seu trecho inicial, o Rio Tietê recebe a contribuição de vários lençóis freáticos, tornando-se um córrego de elevado volume de água no pequeno trajeto que percorreu.
Ainda dentro do município de Salesópolis, existe uma das primeiras hidrelétricas construídas no Brasil, que é a atual Usina Parque de Salesópolis. Construída em 1912 pela antiga Light, gerava energia a partir de uma queda de 72 metros de altura do Rio Tietê. O parque está aberto para visitação pública, sendo que há um museu junto à usina. Em março de 2008, foi retomada a produção de energia elétrica. Destacam-se os maquinários antigos lá instalados. (Wikipédia)
 

6 comentários:

  1. Porque só o Rio Tietê?
    Todos os rios, em todas as cidades brasileiras, estão do mesmo jeito!

    Isso acontece basicamente por dois motivos: a maioria das pessoas despejam esgoto diretamente na galeria de água pluvia; e onde existe rede coletora de esgoto, as companhias de saneamento (todas estatais) cobram um preço alto, mas despejam o esgoto in natura no rio mais próximo.

    Em São Paulo, durante as administrações de prefeitAs petistas (Erundina e Marta), nada mudou.

    Por que mudaria agora?

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    1. O Rio Tietê nos seus mil e cem quilómetros de extensão, atravessa 62 municípios do Estado e não depende de uma prefeitura isoladamente, nem mesmo a da capital, cargos que ocuparam Martha e Luiza Erundina. Depende de vontade política, de um governo competente para juntar os prefeitos dos 62 municípios e buscarem juntos soluções para a despoluição do rio.
      Acontece que tem 20 anos que o Estado de São Paulo é governado pelo PSDB. E daí eu concordo com você, a culpa é do povo que joga lixo para ocupar o governo do Estado, gente que só está preocupada em administrar altos orçamentos sem se preocupar com resultados.

      A propósito, se conhece o Rio Tietê, o que acha que melhorou nas duas primeiras etapas já concluídas, e na terceira que custou l,8 BILHÃO?
      Obrigada pela participação!

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  2. Minha avó já dizia que é muito mais fácil fazer uma roupa nova do zero, do que consertar uma com problema. O mesmo se aplica aos rios, uma vez que despolui-los vai demandar tempo e, sobretudo, dinheiro.
    Agora de nada adianta despoluir um rio se ele continuar sendo bombardeado com lixo e produtos químicos, como acontece, por exemplo, com o Capibaribe aqui no Recife. Por isso eu acho que "limpar" os rios acaba se tornando uma desculpa para superfaturamentos enquanto não houver uma consciência coletiva por parte da população.
    É necessária uma campanha muito grande para reduzir a poluição de um rio, pois, do contrário, vamos viver enxugando gelo.

    Abraços.

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    1. Sábias vovós! rss Mas no caso do Tietê, Wellington, já virou uma fábrica de dinheiro, ninguém se importa com o rio, mais importante é o que rende para empreiteiras em contratos superfaturados. Esse gráfico que nos mostra a promessa do governador para os próximos anos, esquece de informar o que foi feito desde o início do projeto e da gastança de um rio de recursos desde 1992!! A população colaboraria se tivesse uma coleta de lixo decente na cidade!Claro, Educação é fundamental, mas para salvar o glorioso Tietê, o enorme Capibaribe que atravessa Recife, é preciso seriedade, disposição e trabalho.. Muito mais que promessas em vésperas de eleição!
      Obrigada,
      Beijos meus

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  3. Sobre a questão dos peixes, eu acho um ABSURDO que algumas pessoas fiquem felizes porque o caborja sobrevive sem oxigênio nas águas poluídas. Nenhuma espécie de peixe sobrevive sozinha porque é necessária toda a cadeia alimentar para equilibrar o ecossistema. Se o caborja não for um peixe canibal, o que ele vai comer? Lixo?

    E ainda existem outros problemas graves, como, por exemplo, pessoas que viviam da pesca nesses rios e agora não têm mais do que sobreviver. Além de problemas envolvendo o turismo (tem gente que não volta a certas cidades por causa da repulsa à sujeira) e a falta de transportes fluviais (já que o lixo prejudica a navegação).

    Eita diacho, será que esse país tem jeito?

    Beijos.

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    1. Pois é, só um imbecil completo se contentaria com um monstrengo desse
      vivendo em meio ao esgoto com um cheirinho melhor..rss.. A coisa é tão absurda que o governador tem a cara de pau de prometer um "cheirinho" melhor para o rio, 20 anos depois de um "projeto" em andamento e bilhões e mais bilhões gastos.
      Esse país terá jeito se não perdermos o nosso poder de crítica e indignação..rss

      Beijos

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