segunda-feira, julho 9

* Feriado em São Paulo em dia com cara de Sampa

Há 15 anos, moradores do Estado de São Paulo convivem com feriado no dia 9 de julho. No entanto, é comum observar pessoas se perguntando o significado da data. Apesar de sua importância, a Revolução Constitucionalista é pouco analisada até mesmo pelos livros didáticos. O movimento armado, ocorrido entre julho e outubro de 1932, pedia o fim do governo provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova Constituição, para restabelecer a autonomia dos Estados. 
Na visão do coordenador de pós-graduação do curso de História da Fundação Santo André, José Amilton de Souza, o ato de se decretar um feriado tem a ver com tradição. E é preciso de tempo para que a importância de um fato histórico seja devidamente compreendida.
Além de ser relativamente nova, a paralisação dos serviços em 9 de julho foi uma determinação do governo, e não ocorreu pela pressão popular, explica. "Demorou 65 anos para que o dia passasse a ser feriado e a população pouco participou deste processo", diz.
Além de a política sempre ter sido distante das massas, este movimento social foi um dos que nasceu de "cima para baixo", explica Souza, ou seja, não foi encabeçado pela população mais pobre. Com isso, nem sempre há compreensão das pessoas sobre o tema. "Até mesmo em sala de aula estudamos outros movimentos com mais intensidade, como a Guerra de Canudos, que aconteceu na Bahia", lembra.
História
Após Getúlio Vargas ocupar a presidência da República devido a golpe de Estado, em 1930, houve inconformismo por parte dos representantes da política do café-com-leite, como era conhecida a alternância de poder entre as elites de Minas Gerais e São Paulo. Com isso, a classe dominante paulista passou a exigir maior participação no governo federal. Em resposta, o então presidente nomeou um interventor não paulista para governar o Estado, o que gerou o conflito.
Uma das questões marcantes desta data foi a morte de quatro estudantes que representavam a participação da juventude: Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo, o famoso MMDC. Estima-se que cerca de 135 mil pessoas aderiram à luta, que durou três meses e deixou quase 900 soldados mortos no lado paulista. Já estimativas não oficiais reportam até 2.200 mortos.
Depois da revolução, São Paulo voltou a ser governada por paulistas, e, dois anos depois, uma outra constituição foi promulgada. (DGABC)


Em São Paulo, dia com cara de Sampa, 12ºC, garoa fina, cidade vazia... Adooooooro!

Tradicional Prova de Ciclismo Internacional - 9 de julho

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