"Avô, mesmo que a gente morra, é melhor morrer de repetição
na mão, brigando com o coronel, que
morrer em cima da terra, debaixo de relho, sem reagir. Mesmo que seja pra
morrer nós deve dividir essas terras, tomar elas para gente. Mesmo que seja um
dia só que a gente tenha elas, paga a pena de morrer".(Os Subterrâneos da
Liberdade - Agonia da Noite)
"Manhã vem chegando devagar, sonolenta; três quartos de hora
de atraso, funcionária relapsa.
Demora-se entre as nuvens, preguiçosa, abre a custo os olhos sobre o
campo, ai que vontade de dormir sem despertador, dormir até não ter mais sono!
Se lhe acontecer arranjar marido rico, a Manhã não mais
acordará antes das onze e olhe lá. Cortinas nas janelas para evitar a luz
violenta, café servido na cama.
Sonhos de donzela casadoira, outra a realidade da vida, de
uma funcionária subalterna, de rígidos horários.
Obrigada a acordar cedíssimo para apagar as estrela que a Noite
acende com medo do escuro. A Noite é uma apavorada, tem horror às trevas.
Com um beijo, a Manhã apaga cada estrela enquanto prossegue
a caminhada em direção ao horizonte.
Semiadormecida, bocejando, acontece-lhe esquecer de algumas
sem apagar.
Ficam as pobres acesas na claridade, tentando inutilmente
brilhar durante o dia, uma tristeza..."
"O Gato Malhado E A Andorinha Sinhá”- (escrito em 1948
para o filho João Jorge, no seu 1º aniversário).
- Tou. A gente
liberta o negro.
A negra ia apanhando
o tabuleiro. Henrique ajudou-a a botar as latas vazias em cima. Ela perguntou:
- Você sabe qual é a
coisa mais melhor do mundo?
- Qual é, minha tia?
- Adivinhe.
- Mulher...
- Não.
- Cachaça...
- Não.
- Feijoada...
- Não sabe o que é? É
cavalo. Se não fosse cavalo, branco montava em negro..."
“A solução dos problemas humanos terá que contar com a literatura,
a musica, a pintura, enfim com as artes.
O homem necessita de
beleza como necessita de pão e de liberdade. As artes existirão enquanto o
homem existir sobre a face da terra. A literatura será sempre uma arma do homem
em sua caminhada pela terra, em sua busca de felicidade.”
Tá bom, eu conto..rsss
Passei hoje pelo Museu da Língua Portuguesa e havia ali uma
exposição sobre o autor..
D E L I C I O S A!!!!
Imperdível!
O prédio que abriga o Museu, vamos combinar, é lindo!!!
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Agradeço a sua visita e participação.