quinta-feira, julho 5

* Amado Jorge


Hoje estou impregnada de Jorge Amado... Não me pergunte por quê... Se não eu conto!
"Avô, mesmo que a gente morra, é melhor morrer de repetição na  mão, brigando com o coronel, que morrer em cima da terra, debaixo de relho, sem reagir. Mesmo que seja pra morrer nós deve dividir essas terras, tomar elas para gente. Mesmo que seja um dia só que a gente tenha elas, paga a pena de morrer".(Os Subterrâneos da Liberdade - Agonia da Noite)


"Manhã vem chegando devagar, sonolenta; três quartos de hora de atraso, funcionária relapsa.   Demora-se entre as nuvens, preguiçosa, abre a custo os olhos sobre o campo, ai que vontade de dormir sem despertador, dormir até não ter mais sono!

Se lhe acontecer arranjar marido rico, a Manhã não mais acordará antes das onze e olhe lá.     Cortinas nas janelas para evitar a luz violenta, café servido na cama. 

Sonhos de donzela casadoira, outra a realidade da vida, de uma funcionária subalterna, de rígidos horários.

Obrigada a acordar cedíssimo para apagar as estrela que a Noite acende com medo do escuro. A Noite é uma apavorada, tem horror às trevas.

Com um beijo, a Manhã apaga cada estrela enquanto prossegue a caminhada em direção ao horizonte.

Semiadormecida, bocejando, acontece-lhe esquecer de algumas sem apagar.

Ficam as pobres acesas na claridade, tentando inutilmente brilhar durante o dia, uma tristeza..." 

"O Gato Malhado E A Andorinha Sinhá”- (escrito em 1948 para o filho João Jorge, no seu 1º aniversário).





"A negra sorriu: - Tá vendo?

 - Tou. A gente liberta o negro.

 A negra ia apanhando o tabuleiro. Henrique ajudou-a a botar as latas vazias em cima. Ela perguntou:

 - Você sabe qual é a coisa mais melhor do mundo?

 - Qual é, minha tia?

 - Adivinhe.

 - Mulher...

 - Não.

 - Cachaça...

 - Não.

 - Feijoada...

 - Não sabe o que é? É cavalo. Se não fosse cavalo, branco montava em negro..."



“A solução dos problemas humanos terá que contar com a literatura, a musica, a pintura, enfim com as artes.
 O homem necessita de beleza como necessita de pão e de liberdade. As artes existirão enquanto o homem existir sobre a face da terra. A literatura será sempre uma arma do homem em sua caminhada pela terra, em sua busca de felicidade.”
Tá bom, eu conto..rsss
Passei hoje pelo Museu da Língua Portuguesa e havia ali uma exposição sobre o autor..
D E L I C I O S A!!!!
Imperdível!

 
O prédio que abriga o Museu, vamos combinar, é lindo!!!


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Agradeço a sua visita e participação.