segunda-feira, dezembro 31

* Não vou calar! JUSTIÇA!




Gostaria de conseguir ignorar nesse momento o sofrimento de mulheres de todo mundo, como as indianas, de luto pelo estupro de mais uma jovem, morta em consequência dos ferimentos que sofreu.
Nas ÍNDIA, acontece um estupro a cada 20 minutos! Os estupradores até então contaram com a conivência das autoridades e com a tolerância da população, que finalmente,  percebe que calar é ser cumplice desses crimes.
Não haverá comemoração em todo país na passagem do ano, o país está em luto!
Minha solidariedade às mulheres indianas, ao povo indiano,que acordou para o fato de que não pode mais tolerar esse comportamento.
Um novo ano de uma nova realidade mais digna e feliz para todos nós, homens e mulheres de todo o planeta.

"As Forças Armadas da Índia cancelaram as celebrações de Ano Novo nesta segunda-feira (31), refletindo o clima pesado em todo o país após o estupro seguido de assassinato de uma estudante, crime esse que provocou protesto internacional.
Clubes sofisticados, políticos e indianos comuns também cancelaram as festas em respeito à mulher de 23 anos que morreu no sábado após duas semanas do ataque brutal contra ela.
O ataque provocou protestos e um debate nacional que revelaram fissuras profundas na sociedade indiana, em que a visão patriarcal sobre as mulheres entra em confronto com uma cultura urbana em crescente modernização.
Autoridades reprimiram manifestações no coração de Nova Délhi antes do Natal, mas centenas de pessoas se juntaram para diversas vigílias na noite desta segunda-feira e mais eventos estavam planejados em Nova Délhi.
O Exército, a Marinha e a Aeronáutica receberam ordens para cancelar quaisquer festas, afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa.
"Não há celebração de Ano Novo. (...) Haverá um tributo à luz de velas. (...) Depois disso, o clube será fechado", disse o secretário do Delhi Golf Club, Rajiv Hora, no centro da cidade.

ONU pede debate sobre o caso

 Também nesta segunda-feira, a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Navi Pillay, pediu à Índia um debate urgente após a morte da estudante, acrescentando que 'a pena de morte não é uma solução'.
Em um comunicado, Pillay expressou sua profunda tristeza por este crime terrível, mas afirmou que a pena de morte, pedida pela família da estudante de 23 anos, não é a solução.
Diante da "escalada de protestos e dos apelos à pena de morte", a alta comissária pediu um debate urgente na Índia sobre as medidas necessárias para enfrentar os protestos.
Pillay espera que este caso terrível marque uma mudança na Índia, afirmando que a agressão da jovem estudante de Fisioterapia foi a última de uma série.
"Em outubro, uma jovem de 16 anos Dalit (normalmente chamados de 'intocáveis'), se suicidou depois de ter sido estuprada em Haryana, estado que registra um nível alarmante de violência sexual", disse Pillay.
"Trata-se de um problema nacional que afeta mulheres de todas as classes e castas e que exige soluções nacionais", acrescentou.
A alta comissária das Nações Unidas também se disse extremamente preocupada com o número de estupros de crianças na Índia. "É tempo de a Índia reforçar seu regime jurídico contra os estupros", disse Pillay, propondo sua ajuda ao governo indiano.

O crime

 O ataque de 16 de dezembro evidenciou uma epidemia de violência contra mulheres na Índia, onde um estupro é registrado em média a cada 20 minutos.
 Nesse dia, a jovem e seu namorado voltavam do cinema em um ônibus, onde seis homens, incluindo o motorista, a estupraram e agrediram sexualmente com uma barra de ferro para depois jogá-la para fora do veículo.
Seu namorado, um engenheiro de computação de 28 anos, também sofreu graves ferimentos depois de ter sido atacado e jogado na estrada.
Depois de ser tratada em um hospital de Nova Délhi, a jovem indiana foi transferida ao hospital Mount Elizabeth de Cingapura na quarta-feira à noite, onde os médicos não conseguiram impedir sua morte, certificada no início do sábado.
O corpo da vítima, de família pobre, foi cremado no domingo em Nova Délhi, segundo o ritual hindu.
Seus agressores enfrentam a pena de morte, que na Índia é executada com a forca, embora este país não costume aplicar este tipo de sentença." (G1)
 
Tenho que discordar de Navi Pillay, nesse exato momento, a pena de morte é expectativa de todo o planeta.
 
 

4 comentários:

  1. Tenho de discordar de vc... Pena de morte nunca, jamais. Estupradores que fazem isso deveriam ser expostos à mesmíssima violência que fizeram às suas vítimas.

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    1. Rê,
      Quando eu falei em pena de morte pensei numa morte bem lenta, concordo com você! O que não se pode admitir é prisão e só para esses sujeitos, é muito pouco. Aliás, qualquer sofrimento seria pouco como punição, mas uma pena exemplar nesse momento, é fundamental para coibir esses crimes.
      Me sinto honrada com a sua visita, valeu!
      Feliz Ano Novo!
      Beijos meus

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  2. llManuh, eu até hoje me pergunto em que época é essa que nós vivemos, se é o século XXI ou se é o paleolítico inferior. Nem mesmo animais silvestres impõem esse tipo de violência extrema às suas vítimas. Eu não sei que desgraça é essa que existe nesse mundo para que nós, seres "racionais", nos comportemos de forma mais estúpida que animais selvagens.

    A lei precisa ser extremamente rigorosa com relação a esse tipo de crime e tratar de manter os infratores longe do convívio social para que monstruosidades dessa natureza não sejam mais repetidas ou toleradas.
    E claro: precisamos de direitos humanos para proteger as mulheres - e não apenas os agressores, se é que esses precisam de alguma proteção...

    Abraço.

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    1. É,mas podemos cinicamente concluir...: A morte dessa moça que nem o seu nome divulgado teve, não foi em vão! O movimento da sociedade na India é forte, e dessa vez não poderão simplesmente ignorar mais uma violência.
      Revoltante é que o estupro é usado como punição ao que julgam um comportamento inadequado. Estão sendo cobrados por todo mundo e dessa vez terão que tomar medidas definitivas para punir e coibir esses crimes.
      Lamentável, lamentável, não tem muito o que dizer quando descobrimos que ainda vivemos em tempos de bárbaros onde a mulher, sua vida, é ainda menos respeitada do que os animais.
      Obrigada pela participação,

      Beijos meus

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Agradeço a sua visita e participação.