segunda-feira, dezembro 17

* Que isso nos inspire a ser melhores!

 
Que fique claro que não quero justificar a atitude desse jovem ou desrespeitar a dor das famílias que tiveram suas crianças mortas na escola Sandy Hook, em Newtown, pequena cidade americana, mas está na hora de pensarmos no que estamos fazendo de nossos jovens nesse mundo competitivo, sem respeito as limitações e as individualidades.
 
 
NEWTOWN, Estados Unidos - Família e amigos se lembram de Adam Lanza, o suposto autor do massacre na escola Sandy Hook, em Newtown, como uma pessoa inteligente, nerd, gótica, distante, tímida e calma. Discreto, era alto, magro e pálido, estava sempre com as mãos nos bolsos da calça e gostava de usar camisa de botão. Bom aluno, graduou-se no ensino médio em 2010 e ficava desconfortável em eventos sociais. Nem mesmo no anuário da sua formatura quis se deixar ser fotografado. Em vez de uma imagem sua, havia um espaço em branco com a frase “camera shy” (tímido em frente às câmeras).
Durante sua vida deixou poucos rastros, até mesmo na internet. Não tinha perfil no Facebook ou em outras redes sociais. Participava apenas de um grupo de jogos online. Segundo investigação da polícia, Adam sofria de um transtorno social e tomava medicação. Antigos colegas que foram interrogados afirmaram que ele teria Síndrome de Asperger, uma espécie de autismo.
Outras pessoas próximas garantem que Adam tinha problemas e que isso era evidente há bastante tempo. Beth Israel, cuja filha estudou com o atirador, contou ao “New York Post” que o jovem foi uma criança “problemática”. Justin Germark, de 17 anos, era vizinho de Adam e sabia que o rapaz tinha “uma condição especial”.
— Dava para reparar facilmente — disse Germark ao tabloide. — Mas não diria que ele era antissocial. Parecia alguém lutando para ser social.
Joshua Milas, que participava do grupo de jogos, disse que ele era geralmente uma pessoa feliz, mas que não o via há alguns anos.
— Ele era um bom garoto, inteligente — disse Milas ao “Daily Mail”. — Ele foi uma das pessoas mais inteligentes que conheci. Provavelmente um gênio.

Filho mais novo da professora de escola primária Nancy (que foi encontrada morta, segundo os policiais, em sua casa, com um tiro no rosto) e do diretor fiscal da General Electric Peter Lanza, Adam morava apenas com a mãe. Os pais se separaram em 2008, quando o executivo se mudou para Stamford e se casou com uma bibliotecária da Universidade de Connecticut. O irmão mais velho de Adam, Ryan, de 24 anos, se mudou para Hoboken, Nova Jersey, onde estuda.
Amigos da família lembram de Nancy como uma mãe dedicada e protetora, que passava bastante tempo em casa. Segundo informações da CNN, três das armas (pistolas de calibre 9mm e um rifle semiautomático) encontradas na escola foram compradas legalmente por Nancy. A Associated Press informou que, de acordo com a polícia, Nancy possuía cinco armas de fogo. Todas registradas em Connecticut.
Dan Holmes, dono de uma empresa de paisagismo, descreveu Nancy Lanza à Associated Press como uma ávida colecionadora de armas de fogo, que uma vez mostrou a ele um rifle que ela havia acabado de comprar.
— Ela disse que frequentemente levava os filhos para atirar.
Em interrogatório, Ryan contou às autoridades que acreditava que seu irmão sofresse de “transtorno de personalidade” e garantiu que não tinha contato desde 2010, quando mudou de cidade para estudar. Ainda assim, os investigadores continuaram buscando pistas nos computadores e registros telefônicos de Ryan.
O pai ainda não foi interrogado. A avó materna, Dorothy Hanson, 78 anos, moradora de Brooksville, Flórida, ficou nervosa ao ser procurada por jornalistas. Disse que não soube de nada oficial, não sabia de nada da história, não tinha falado nem com a filha nem com seus netos e começou a chorar, desligando o telefone em seguida.
Colegas da Universidade de Connecticut não conseguiam se aproximar de Adam. Ao “NYT”, Matt Baier, que sentou ao seu lado durante um ano, nas aulas de matemática, não lembra de ele ter dito uma palavra durante o período:
— Mas ele tirava notas altas.
Já a estudante Olivia DeVivo, também da Universidade de Connecticut, tem outra opinião.
— Acho que não foi dado a ele o tipo certo de atenção ou ajuda. Ele passava despercebido, e, por isso, ninguém conseguiu notar que estava sendo montada uma tragédia bem aqui — disse Olivia, também ao “NYT”, lembrando que Adam costumava falar sobre alienígenas e em explodir coisas, mas, à época, considerou isso mais uma conversa típica de adolescentes.
Ainda assim, após saber da tragédia, Olivia entrou em contato com amigos que moram em Newtown.
— Eles não ficaram surpresos — comentou ela. — Disseram que o Adam sempre deu pistas de que seria capaz de fazer isso já que simplesmente não se conectava com a nossa escola e nem com a nossa cidade. Eu nunca o vi com ninguém. 
Um ex-colega não identificado declarou que já tinha percebido algum transtorno na rapaz. 
— Quando você olhava para ele, dava para perceber todas as emoções passando pela sua cabeça.
 
 
Outros ainda afirmaram que Adam ficava desconfortável quando pessoas que não o entendiam riam dele.
Até agora, as autoridades não falaram publicamente de um possível motivo para Adam cometer os assassinatos. Eles não encontraram, por enquanto, nenhum bilhete ou carta e Adam não tinha antecedentes criminais. Testemunhas disseram ainda que o atirador não disse uma única palavra ao entrar atirando na escola.
"Ele atirou para entrar e depois seguiu para a primeira sala de aula, como sabem, depois para a segunda sala de aula", disse Malloy.
As autoridades acreditam que, enquanto atirava na segunda sala, o criminoso ouviu a chegada da polícia e das equipes de emergência e cometeu suicídio.
O balanço total de mortos é de 28 pessoas: 20 crianças de seis e sete anos, seis adultos que trabalhavam na escola, o atirador e sua mãe, que foi morta em casa.
Já se sabe que sua mãe, professora, exigia muito dele, para que fosse o melhor, que superasse sempre os amigos e a si mesmo. Foi a primeira a morrer com um tiro no rosto, com uma das muitas armas que colecionava.
'Que isso nos inspire a ser melhores', disse o americano Robbie Parker, pai de Emilie Parker, uma menina adorável como todas as crianças de 6 anos, morta no tiroteio da escola de Connecticut. 
 
 

 

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