Gostaria de conseguir ignorar nesse momento o sofrimento de mulheres de todo mundo, como as indianas, de luto pelo estupro de mais uma jovem, morta em consequência dos ferimentos que sofreu.
Nas ÍNDIA, acontece um estupro a cada 20 minutos! Os estupradores até então contaram com a conivência das autoridades e com a tolerância da população, que finalmente, percebe que calar é ser cumplice desses crimes.
Não haverá comemoração em todo país na passagem do ano, o país está em luto!
Minha solidariedade às mulheres indianas, ao povo indiano,que acordou para o fato de que não pode mais tolerar esse comportamento.
Um novo ano de uma nova realidade mais digna e feliz para todos nós, homens e mulheres de todo o planeta.
"As Forças Armadas da Índia cancelaram as celebrações de Ano Novo nesta segunda-feira (31), refletindo o clima pesado em todo o país após o estupro seguido de assassinato de uma estudante, crime esse que provocou protesto internacional.
Clubes sofisticados, políticos e indianos comuns também
cancelaram as festas em respeito à mulher de 23 anos que morreu no sábado após
duas semanas do ataque brutal contra ela.
O ataque provocou protestos e um debate nacional que
revelaram fissuras profundas na sociedade indiana, em que a visão patriarcal
sobre as mulheres entra em confronto com uma cultura urbana em crescente
modernização.
Autoridades reprimiram manifestações no coração de Nova
Délhi antes do Natal, mas centenas de pessoas se juntaram para diversas
vigílias na noite desta segunda-feira e mais eventos estavam planejados em Nova
Délhi.
O Exército, a Marinha e a Aeronáutica receberam ordens para
cancelar quaisquer festas, afirmou o porta-voz do Ministério da Defesa.
"Não há celebração de Ano Novo. (...) Haverá um tributo
à luz de velas. (...) Depois disso, o clube será fechado", disse o
secretário do Delhi Golf Club, Rajiv Hora, no centro da cidade.
ONU pede debate sobre o caso
Também nesta
segunda-feira, a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos,
Navi Pillay, pediu à Índia um debate urgente após a morte da estudante,
acrescentando que 'a pena de morte não é uma solução'.
Em um comunicado, Pillay expressou sua profunda tristeza por
este crime terrível, mas afirmou que a pena de morte, pedida pela família da
estudante de 23 anos, não é a solução.
Diante da "escalada de protestos e dos apelos à pena de
morte", a alta comissária pediu um debate urgente na Índia sobre as
medidas necessárias para enfrentar os protestos.
Pillay espera que este caso terrível marque uma mudança na
Índia, afirmando que a agressão da jovem estudante de Fisioterapia foi a última
de uma série.
"Em outubro, uma jovem de 16 anos Dalit (normalmente
chamados de 'intocáveis'), se suicidou depois de ter sido estuprada em Haryana,
estado que registra um nível alarmante de violência sexual", disse Pillay.
"Trata-se de um problema nacional que afeta mulheres de
todas as classes e castas e que exige soluções nacionais", acrescentou.
A alta comissária das Nações Unidas também se disse
extremamente preocupada com o número de estupros de crianças na Índia. "É
tempo de a Índia reforçar seu regime jurídico contra os estupros", disse
Pillay, propondo sua ajuda ao governo indiano.
O crime
O ataque de 16 de
dezembro evidenciou uma epidemia de violência contra mulheres na Índia, onde um
estupro é registrado em média a cada 20 minutos.
Nesse dia, a jovem e
seu namorado voltavam do cinema em um ônibus, onde seis homens, incluindo o
motorista, a estupraram e agrediram sexualmente com uma barra de ferro para
depois jogá-la para fora do veículo.
Seu namorado, um engenheiro de computação de 28 anos, também
sofreu graves ferimentos depois de ter sido atacado e jogado na estrada.
Depois de ser tratada em um hospital de Nova Délhi, a jovem
indiana foi transferida ao hospital Mount Elizabeth de Cingapura na
quarta-feira à noite, onde os médicos não conseguiram impedir sua morte,
certificada no início do sábado.
O corpo da vítima, de família pobre, foi cremado no domingo
em Nova Délhi, segundo o ritual hindu.
Seus agressores enfrentam a pena de morte, que na Índia é
executada com a forca, embora este país não costume aplicar este tipo de
sentença." (G1)
Tenho que discordar de Navi Pillay, nesse exato momento, a pena de morte é expectativa de todo o planeta.