Hoje chamei Elisa Lucinda para falar por mim. Poetisa, escritora, atriz, negra, brasileira.
Pau de Aurora
Olho na praia os homens e seus paus
os homens bons
os homens maus...
Meus Adãos...!
Olho-os todos
meus olhos pincelam seu real
seu genital
seu principal
suas surpresas
Os ricos
Os pobres
Os moles
Os duros
Os puros
Os palhas
os nobres e os canalhas.
Varas de condão
meu irmão, meu tesão
sua boba mão
sua corcunda
seu porte belo
seu amor sincero
sua mão na bunda
Ah, alegria vindoura
Meu sacro-saco
Travesseiro morno, manjedoura.
Meus olhos namoram os homens
pisando pés na areia
banhando-se
exibindo-se
se encervejando todos.
Os príncipes
os sérios
os sábios
os malucos
os síncopes
os sãos
os eunucos.
Olho na praia os homens e seus paus
suas charlas
suas cantadas
suas caras
de pau.
Barbas crescendo
barbas feitas
barbas mal escanhoadas
barbas caprichadas
barbas bem-feitas.
Escuto os homens com suas másculas fofocas:
os patrões, os empregados
as aulas, as produções
o time bárbaro
o gol que deveria ter sido
o amigo enrustido
aquela que comi
aquela que não quis me dar
o pai herói.
Não dói.
Gozo de ver na praia os homens e seus paus
as olhadas
as investidas
as brochadas
os tamanhos
as disputas, os enchimentos
a tática.
Ah meus amores, não importa
o tamanho da varinha de condão
importa é a mágica!
Ah meu querido, meu gato
eu nem vou discutir
porque eu não tenho saco.
Olho na praia os homens e seus paus
os homens bons
os homens maus...
Meus Adãos...!
Olho-os todos
meus olhos pincelam seu real
seu genital
seu principal
suas surpresas
Os ricos
Os pobres
Os moles
Os duros
Os puros
Os palhas
os nobres e os canalhas.
Varas de condão
meu irmão, meu tesão
sua boba mão
sua corcunda
seu porte belo
seu amor sincero
sua mão na bunda
Ah, alegria vindoura
Meu sacro-saco
Travesseiro morno, manjedoura.
Meus olhos namoram os homens
pisando pés na areia
banhando-se
exibindo-se
se encervejando todos.
Os príncipes
os sérios
os sábios
os malucos
os síncopes
os sãos
os eunucos.
Olho na praia os homens e seus paus
suas charlas
suas cantadas
suas caras
de pau.
Barbas crescendo
barbas feitas
barbas mal escanhoadas
barbas caprichadas
barbas bem-feitas.
Escuto os homens com suas másculas fofocas:
os patrões, os empregados
as aulas, as produções
o time bárbaro
o gol que deveria ter sido
o amigo enrustido
aquela que comi
aquela que não quis me dar
o pai herói.
Não dói.
Gozo de ver na praia os homens e seus paus
as olhadas
as investidas
as brochadas
os tamanhos
as disputas, os enchimentos
a tática.
Ah meus amores, não importa
o tamanho da varinha de condão
importa é a mágica!
Ah meu querido, meu gato
eu nem vou discutir
porque eu não tenho saco.
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