SÃO PAULO - A polícia deteve nesta quinta-feira Pierre Ramon Alves de Oliveira, estudante de Arquitetura que protagonizou as cenas iniciais de depredação em frente à prefeitura de São Paulo, na noite de terça-feira. Ao saber que estava sendo procurado, Ramon se entregou e foi levado para o Departamento de Investigação sobre o Crime Organizado (Deic), onde chorou durante o depoimento, enquanto contava como foi avisado de que a polícia estava no seu encalço desde a madrugada.
— Queria pedir desculpa aos integrantes do Movimento Passe Livre. Eu sei que estava errado. Quero dizer que vou arcar com os prejuízos que causei, eu vou pagar. Cada centavo. Vou trabalhar para isso. Vim de aqui de cara limpa. Confessei, não me mascarei. E peço que quem nunca errou na vida que atire a primeira pedra. Eu queria pedir a todas as pessoas que cometeram atos de vandalismo que se apresentem. Quero deixar claro também que não coloquei fogo no carro da Record - disse ele.
Ramon foi o alvo dos flashes, na quarta-feira, enquanto desafiava policiais e dava pontapés numa das portas de vidro da prefeitura, que acabou quebrada.
À procura do jovem, os policiais receberam uma denúncia anônima sobre sua identidade. Foram, então, à casa onde ele mora com a família. Ao lado dos policiais, a mãe de Ramon avisou o filho, que estava a caminho do trabalho, junto com o pai, numa pequena empresa de transporte. O estudante parou num posto de gasolina e ligou para a polícia, que chegou minutos depois.
Segundo o chefe da Divisão de Crimes Contra o Patrimônio, Antônio de Olim, o rapaz será indiciado por dano ao patrimônio, lesão corporal e formação de quadrilha.
— Ele é arrogante. Chegou à manifestação todo fortinho, lutador de jiu-jítsu, achou que era o dia dele e saiu quebrando tudo — disse Olim.
Nascido em Garanhuns (PE), cidade do ex-presidente Lula, e morador da Penha, bairro de classe média da capital, o rapaz de 20 anos teria ficado nervoso quando, segundo seu advogado, foi atingido por spray de pimenta.
— Ele tomou spray de pimenta na cara e ficou revoltado. E ele ficou ainda mais nervoso quando percebeu que estava na luta sozinho, isolado na frente de todo o mundo. Ele chorou e se arrependeu — disse o advogado Gerson Dellani.
Ramon foi flagrado durante a confusão usando máscara antigás. No Facebook, ele diz que pratica artes marciais, como muay thai e jiu-jítsu. Em algumas fotos, aparece sem camisa. Na delegacia, chegou de calça jeans e camiseta baby look. O advogado disse que o estudante tem hematomas pelo corpo.
Segundo o delegado, o rapaz disse que, durante o confronto com a polícia, estava acompanhado de outros quatro jovens. O pai de Ramon acompanhou o filho durante o depoimento. Ele deu os nomes dos amigos para a polícia, que investigará o grupo. Anteontem, Ramon enfrentou os guardas municipais assim que eles formaram um cordão de isolamento. Os servidores lançaram spray de pimenta, e o rapaz revidou com xingamentos.(O Globo 20/06).
Um jovem
de 19 anos, que foi preso depois de participar das manifestações que ocorreram
segunda-feira (24), em Goiânia disse que está arrependido das atitudes que
teve. Segundo a polícia, o estudante Leonardo Henrique Daniel Silva de Almeida
estava com vários explosivos na mochila.
O rapaz
conta que recebeu os artefatos de um outro manifestante e os colocou em sua
bolsa. Ele foi detido depois de estourar um dos explosivos pertos dos militares
que tentavam fazer a segurança da Prefeitura Municipal.
“Chegou
um rapaz e disse: ‘Vamos animar isso daqui’. Ele estava com a mochila cheia de
foguetes, bombas. Ele me ofereceu e eu caí na burrice e aceitei. Guardei na
minha mochila e uma delas eu acendi. Foi na hora que a polícia chegou e me
prendeu”, lembra Leonardo.
O
estudante foi um dos 2 mil participantes - segundo a polícia; organizadores
falam em 4 mil - do protesto na capital goiana. Houve confronto depois que a
Tropa de Choque usou bombas de efeito moral para dispersar os manifestantes que
estavam em frente ao Paço Municipal.
A Polícia
Civil afirma que já identificou quem são as pessoas que estão praticando
vandalismo. Segundo o delegado titular do 1º DP de Goiânia, Isaías de Araújo
Pinheiros, são cerca de 50 indivíduos, os mesmo que sempre estão agindo nos
protestos. Eles se infiltram em torcidas organizadas para praticar os crimes.
O
problema, segundo o delegado, é manter essas pessoas atrás das grades. “Essas
pessoas já foram presas dezenas de vezes, todo mundo sabe quem é. O problema no
Brasil é a impunidade. Estamos em uma situação de faz de conta. Acho que é uma
hora do poder judiciário sair do gabinete e vir ajudar a polícia. Porque nós
estamos aqui levando pedrada no rosto, a PM está sem dormir e as pessoas não
ficam presas”, lamenta. (O Globo 26/06)
Nota da blogueira insana: Só um bando de baderneiros, inconsequentes, sem bandeira, manipulados, despolitizados, achando que tudo isso é diversão: Mais nada!
Boa parte do espírito transgressor dessa atual geração de jovens é, na verdade, fruto da falta de umas boas palmadas durante a infância. Uma criança que é criada sem limites acaba se achando superior e quando cresce, só a polícia pra dar jeito...
ResponderExcluirVândalos não são manifestantes, vândalos são bandidos e merecem ser tratados como tal.
Inté.