O Dia da Pizza é comemorado em 10 de julho, desde 1985.
Pizza é uma preparação culinária de origem italiana e famosa no mundo inteiro,
que consiste em um disco de massa, regado com molho de tomates e coberto com
ingredientes variados, como queijo, carnes, ervas, e até pizzas doces.
Origem do Dia da Pizza
O Dia da Pizza é comemorado em 10 de julho, quando a data
foi instituída pelo então secretário de turismo de São Paulo, Caio Luís de
Carvalho. Foi feito um concurso estadual que elegeria as 10 melhores receitas
de mozzarella e Marguerite, empolgado com o sucesso do evento, o secretário
escolheu a data de seu encerramento, 10 de julho, como data oficial de
comemoração.
O assunto pode parecer irrelevante, eu sei, mas não quando
falamos do consumo delas em São Paulo.
Cada vez maior e mais profissional, o setor das pizzarias
movimenta R$ 18 Bilhões por ano em todo o País.
Uma mordida em um saboroso pedaço de pizza contribui, sem
que o consumidor perceba, para impulsionar uma bilionária cadeia de produção de
alimentos do País. Da farinha de trigo aos motoboys que as entregam em milhões
de residências, as redondas movimentam uma indústria de cerca de R$ 18 bilhões
por ano – mais do que o PIB da Nicarágua – e garantem milhares de empregos
diretos em todo o Brasil. Trata-se de um mercado em expansão e bastante
pulverizado. Somente em São Paulo, por exemplo, existem nada menos que seis mil
pizzarias. Outros seis mil estabelecimentos, como padarias e lanchonetes,
também produzem e vendem pizzas. A cadeia de produção da tradicional iguaria
italiana emprega na cidade de São Paulo cerca de 100 mil pessoas, além de 12
mil pizzaiolos e 60 mil entregadores motorizados. Tudo para atender um consumo
que chega a um milhão de pizzas por dia, segundo a Associação das Pizzarias
Unidas – um número que corresponde a 10% de toda a população do município.
O impacto desse consumo, literalmente, de massa é sentido em
várias regiões, no Brasil e no Exterior. O processo de produção da cadeia da
pizza começa na área rural do País, nas plantações de tomates e produtoras de
queijos, e nos campos de países como a Itália – de onde importamos alguns tipos
de tomates – e a Argentina, de onde vem boa parte do trigo, principal matéria
prima do setor. Nessa etapa, há números que movem os moinhos. Somente na Grande
São Paulo são consumidas nove mil toneladas de farinha de trigo por mês. Por
isso, os principais moinhos brasileiros decidiram lançar produtos específicos
para os pizzaiolos. O São Jorge, por exemplo, lançou em julho a Farinha do
Pizzaiolo, durante a Fispizza, a feira do setor que foi realizado no Anhembi,
em São Paulo. “Trata-se de um produto com receita exclusiva, feito a partir de
trigo selecionado e importado”, diz Tathiana Cristina, gerente de marketing da
empresa. “O balanceamento dos ingredientes confere à massa maior elasticidade,
produzindo uma pizza leve e crocante.” A Farinha do Pizzaiolo é vendida em
embalagens de cinco quilos para facilitar o manuseio. “O mercado de pizzarias
no Brasil tem crescimento acima de 5% em vendas”, diz ela.
Em paralelo com o crescimento, a principal tendência do
setor é a profissionalização de toda a cadeia de produção, puxada por
consumidores mais conscientes e exigentes. Isso explica o alto consumo de
queijo tipo catupiry, produzido pelos Laticínios Catupiry desde 1911. Empregado
hoje em abundância nas receitas de pizza, o produto chegou ao País pelas mãos
do italiano Mário Silvestrini e acabou ganhando concorrência de produtos
similares que indevidamente usavam sua marca como um nome genérico. Hoje, a
procura pela marca original está em alta. “O pessoal que trabalha com
ingredientes de qualidade e no mercado formal está ganhando espaço”, diz.
Francisco Protta, gerente comercial dos Laticínios Catupiry,
que prevê crescimento de até 10% no mercado em 2008. “É um dos ramos mais
prósperos do segmento de Alimentação.” Todos os meses são consumidas no Estado
de São Paulo 390 toneladas de catupiry por mês e no Estado do Rio de Janeiro,
240 toneladas por mês, informa a empresa. Ela acredita tanto no mercado de
pizzas que desenvolveu e adotou uma embalagem de catupiry específica para
pizzaiolos. É a Pratique, um cone de plástico que facilita a aplicação do
produto nas pizzas.
Por conta da demanda crescente, já há até quem dê cursos
para empreendedores e pizzaiolos dispostos a trabalhar no setor. Ronaldo Ayres,
o “Senhor Pizza”, inaugurou em julho o Centro Tecnológico de Desenvolvimento de
Pizzas e Massa, localizado no bairro da Casa Verde, em São Paulo, com o
objetivo de formar mão-de-obra especializada. “Tem muita gente querendo abrir
uma pizzaria no País, mas não sabe como fazer isso”, diz Ayres, que declara ter
420 pessoas inscritas para os primeiros cursos. “O ramo exige ambiente de bom
gosto, qualidade no atendimento e no produto. Não é fácil.” Ayres confirma que
a indústria ganhou sofisticação nos últimos anos, já que os fornecedores
passaram a desenvolver produtos exclusivos. “Isto exige o emprego de tecnologia
na hora de fazer a pizza”, diz Ayres. “Hoje usamos até gelo para adequar a
temperatura de uma massa na batedeira.”
Dentro da cadeia de produção, ganha prestígio a figura do
pizzaiolo, o chef responsável pelo preparo das pizzas. Um bom pizzaiolo tem
emprego garantido e pode ganhar entre R$ 2 mil e R$ 3 mil por mês. O piauiense Luís
Lopes de Macedo, 43 anos, pizzaiolo da Braz Pizzaria, de São Paulo, confirma o
aquecimento do setor. “Nunca fiquei desempregado”, conta ele, que chega a
preparar até 300 pizzas por noite. Vinícius Casella Abramides, diretor da rede Braz,
formada por seis unidades, afirma que recebe entre 60 mil a 65 mil pessoas por
mês – o que equivale a um estádio do Morumbi lotado. Segundo Abramides, a rede
espera crescer 20% este ano em número de clientes. “Pizzaria é um negócio das
áreas de alimentação e de entretenimento”, diz ele. “Por isso, o sucesso do produto.”
Uma das partes mais visíveis do mercado é a que anda sobre
duas rodas: são os entregadores motorizados. Uma legião de 60 mil deles sai às
ruas todas as noites em São Paulo, numa atividade em geral informal, mas que
gera renda para milhares de famílias e abre as portas do mercado de trabalho
para os jovens.
O paulista Robson Wilson Pazinato, 24 anos, trabalha como
entregador há quatro anos na Didio. Ao lado de outros 12 colegas, chega a
entregar até 270 pizzas em uma noite. “Este não é um trabalho fácil porque o
maior movimento está nos fins de semana”, diz Pazinato, que em uma noite chega
a ganhar até R$ 50 reais em gorjetas. O motoboy é um personagem tão crucial na
indústria da pizza que vendedores de motocicletas estiveram entre os expositores
da Fispizza, evento criado para fomentar negócios do setor. “A cidade só perde
em consumo de pizzas para Nova ¥ork”, garante o empresário Caio de Alcântara
Machado Júnior, presidente da AM3, empresa organizadora da feira. E quanto à
qualidade? “Ah, em qualidade não. Aí estamos na frente”. (Isto é dinheiro)
Os excentricos que me desculpem, mas a boa pizza é a tradicional, salgada, fumegante, cheirando a ervas, queijo derretendo, não me venham com pizza de brigadeiro, carne seca, caviar, frutas... argh!
ih, comemorei antecipado ontem !? vou tger de requentar pra comemoração de hoje!
ResponderExcluirRss.. Requenta, pede outra e abre um vinho..
ExcluirTim Tim... Salute!
Beijos meus