quarta-feira, fevereiro 27
segunda-feira, fevereiro 25
* Agora eu sei....
Coisas que eu sei
Danny Carlos
Eu quero ficar perto
De tudo que acho certo
Até o dia em que eu
Mudar de opinião
A minha experiência
Meu pacto com a ciência
Meu conhecimento
É minha distração...
Coisas que eu sei
Eu adivinho
Sem ninguém ter me contado
Coisas que eu sei
O meu rádio relógio
Mostra o tempo errado
Aperte o Play...
Eu gosto do meu quarto
Do meu desarrumado
Ninguém sabe mexer
Na minha confusão
É o meu ponto de vista
Não aceito turistas
Meu mundo tá fechado
Pra visitação...
Coisas que eu sei
O medo mora perto
Das idéias loucas
Coisas que eu sei
Se eu for eu vou assim
Não vou trocar de roupa
É minha lei...
Eu corto os meus dobrados
Acerto os meus pecados
Ninguém pergunta mais
Depois que eu já paguei
Eu vejo o filme em pausas
Eu imagino casas
Depois eu já nem lembro
Do que eu desenhei...
Coisas que eu sei
Não guardo mais agendas
No meu celular
Coisas que eu sei
Eu compro aparelhos
Que eu não sei usar
Eu já comprei...
As vezes dá preguiça
Na areia movediça
Quanto mais eu mexo
Mais afundo em mim
Eu moro num cenário
Do lado imaginário
Eu entro e saio sempre
Quando tô a fim...
Coisas que eu sei
As noites ficam claras
No raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes
Eu somente não sabia...
Coisas que eu sei
As noites ficam claras
No raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes
Eu somente não sabia...
Agora eu sei...
Agora eu sei...
Agora eu sei...
Ah! Ah! Agora eu sei...
Ah! Ah! Agora eu sei...
Ah! Ah! Agora eu sei...
Ah! Ah! Eu sei!
De tudo que acho certo
Até o dia em que eu
Mudar de opinião
A minha experiência
Meu pacto com a ciência
Meu conhecimento
É minha distração...
Coisas que eu sei
Eu adivinho
Sem ninguém ter me contado
Coisas que eu sei
O meu rádio relógio
Mostra o tempo errado
Aperte o Play...
Eu gosto do meu quarto
Do meu desarrumado
Ninguém sabe mexer
Na minha confusão
É o meu ponto de vista
Não aceito turistas
Meu mundo tá fechado
Pra visitação...
Coisas que eu sei
O medo mora perto
Das idéias loucas
Coisas que eu sei
Se eu for eu vou assim
Não vou trocar de roupa
É minha lei...
Eu corto os meus dobrados
Acerto os meus pecados
Ninguém pergunta mais
Depois que eu já paguei
Eu vejo o filme em pausas
Eu imagino casas
Depois eu já nem lembro
Do que eu desenhei...
Coisas que eu sei
Não guardo mais agendas
No meu celular
Coisas que eu sei
Eu compro aparelhos
Que eu não sei usar
Eu já comprei...
As vezes dá preguiça
Na areia movediça
Quanto mais eu mexo
Mais afundo em mim
Eu moro num cenário
Do lado imaginário
Eu entro e saio sempre
Quando tô a fim...
Coisas que eu sei
As noites ficam claras
No raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes
Eu somente não sabia...
Coisas que eu sei
As noites ficam claras
No raiar do dia
Coisas que eu sei
São coisas que antes
Eu somente não sabia...
Agora eu sei...
Agora eu sei...
Agora eu sei...
Ah! Ah! Agora eu sei...
Ah! Ah! Agora eu sei...
Ah! Ah! Agora eu sei...
Ah! Ah! Eu sei!
domingo, fevereiro 24
* Quem é Yoani Sanchez? Por que está sendo tão rejeitada no Brasil?
Yoani Sánchez, dissidente de luxo
(*) Por Leandro Fortes
Yoani Sanchez vive, hipoteticamente, em uma terrível ditadura comunista onde fazer oposição ao governo é proibido. Mas, ao contrário do que ocorria com os dissidentes soviéticos, por exemplo, ela não vive presa em um gulag submetida a trabalhos forçados, mas em casa, em frente ao um computador, postando em um blog particular.
Além disso, Yoani Sanchez, ao contrário dos verdadeiros dissidentes cubanos, aqueles que enfrentavam tubarões para fugir da ilha e aportar nas areias de Miami para viver o sonho americano, nunca precisou passar por esse perrengue.
Quando quis, a brava dissidente cubana foi morar na Suíça, mas percebeu que entre chocolates finos e paisagens lúdicas logo seria esquecida por seus financiadores e por seu público ávido por heróis anticomunistas: a comunidade cubano-americana da Flórida, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) e, claro, o nosso glamouroso Instituto Millenium, da qual ela é uma das “especialistas”.
Assim, por motivos extremamente patrióticos, Yoani Sanchez voltou a Cuba para continuar sendo maltratada, torturada e perseguida pelo famigerado regime dos irmãos Fidel e Raul Castro.
Mais ou menos como Morena, da novela Salve Jorge, ao voltar para a Turquia certa de que, em momentos cruciais da vida, o Ibope é mais importante que a própria segurança.
Agora, Yoani Sanchez está chateadíssima com a reforma migratória baixada pela ditadura cubana, em janeiro, que acabou com a necessidade de se pedir permissão ao governo para sair do país. Será o fim da vitimização permanente da blogueira-prisioneira e de seus lamentos virtuais ecoados, por essas bandas, pelo que há de mais reacionário na mídia e na sociedade ocidental.
Será, também, o fim da bolsa-dissidente que a SIP paga a Yoani Sanchez para ela não ser obrigada a enfrentar as filas para compra de produtos básicos em Cuba, resultado direto de meio século do criminoso bloqueio econômico liderado pelos Estados Unidos. Tema, aliás, sobre o qual a blogueira não costuma se debruçar.
Yoani Sanchez, quem diria, terá, a partir de agora, que enfrentar a dura realidade de países capitalistas como o Brasil, onde milhões de pessoas gostariam de viajar a Cuba para conhecer as delícias, a cultura e a história desta ilha singular.
Mas não têm dinheiro para isso.
(*) Leandro Fortes
Jornalista, professor e escritor, autor dos livros 'Jornalismo Investigativo', 'Cayman: o dossiê do medo' e 'Fragmentos da Grande Guerra', entre outros. Sua mais recente obra é 'Os segredos das redações'. É criador do curso de jornalismo on line do Senac-DF e professor da Escola Livre de Jornalismo. Colunista da Carta Capital.
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“La Dolce Vita” de Yoani Sánchez em Cuba
(*)Por Salim Lamrani.
Ao ler o blog da dissidente cubana Yoani Sánchez, é inevitável sentir empatia por esta jovem mulher, que expressa abertamente sua oposição ao governo de Havana. Descreve cenas cotidianas de privações e de penúrias de todo tipo. “Uma dessas cenas recorrentes é a de perseguir os alimentos e outros produtos básicos em meio ao desabastecimento crônico de nossos mercados”, escreve em seu blog Generación Y.
De fato, a imagem que Yoani Sánchez apresenta dela mesma – uma mulher com aspecto frágil que luta contra o poder estatal e contra as dificuldades de ordem material – está muito longe da realidade. Com efeito, a dissidente cubana dispõe de um padrão de vida que quase nenhum outro cubano da ilha pode se permitir ter.Mais de seis mil dólares de renda mensal.
A SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa), que agrupa os grandes conglomerados midiáticos privados do continente, decidiu nomeá-la vice-presidente regional de sua Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação por Cuba. Sánchez, que como de costume, é tão expressiva em seu blog, manteve um silêncio hermético sobre seu novo cargo. Há uma razão para isso: sua remuneração. A oposicionista cubana dispõe agora de um salário de seis mil dólares mensais, livres de impostos. Trata-se de uma renda bastante alta, habitualmente reservada aos quadros superiores das nações mais ricas. Essa importância é ainda maior considerando que Yoani Sánchez reside em um país de Terceiro Mundo em que o Estado de bem-estar social está presente e onde a maioria dos preços dos produtos de necessidade básica está fortemente subsidiada.
Em Cuba, existe uma dupla circulação monetária: o CUC e o CUP. O CUC representa aproximadamente 0,80 dólares ou 25 CUP. Assim, com seu salário da SIP, Yoani Sánchez dispõe de uma renda equivalente a 4.800 CUC ou a 120.000 CUP.
O poder aquisitivo de Yoani SánchezAvaliemos agora o poder aquisitivo da dissidente cubana. Assim, com um salário semelhante, Sánchez poderia pagar, a escolher:
- 300.000 passagens de ônibus;
- 6.000 viagens de táxi por toda Havana
- 60.000 entradas para o cinema;
- 24.000 entradas para o teatro;
- 6.000 livros novos;
- 24.000 meses de aluguel de um apartamento de dois quartos em Havana;
- 120.000 copos de garapa (suco de cana);
- 12.000 hambúrgueres;
- 12.000 pizzas;
- 9.600 cervejas;
- 17.142 pacotes de cigarro;
- 12.000 quilos de arroz;
- 8.000 pacotes de macarrão;
- 10.000 quilos de açúcar;
- 24.000 sorvetes de cinco bolas;
- 40.000 litros de iogurte;
- 5.000 quilos de feijão;
- 120.000 litros de leite (caso tenha um filho de menos de 7 anos);
- 120.000 cafés;
- 80.000 ovos;
- 60.000 quilos de carne de frango;
- 60.000 quilos de carne de porco;
- 24.000 quilos de bananas;
- 12.000 quilos de laranja;
- 12.000 quilos de cebola;
- 20.000 quilos de tomate;
- 24.000 tubos de pasta de dente;
- 24.000 unidades de sabão em pedra;
- 1.333.333 quilowatts-hora de energia;
- 342.857 metros cúbicos de água potável;
- 4.800 litros de gasolina;
- um número ilimitado de visitas ao médico, dentista, oftalmologista ou qualquer outro especialista da área de saúde, já que tais serviços são gratuitos;
- um número ilimitado de inscrições a um curso de esporte, teatro, música ou outro (também gratuitos).
Essas cifras ilustram o verdadeiro padrão de vida de Yoani Sánchez em Cuba e dão uma ideia sobre a credibilidade da opositora cubana. Ao salário de seis mil dólares pagos pela SIP, convém agregar a renda que cobra a cada mês do diário espanhol El País, do qual é correspondente em Cuba, assim como as somas coletadas desde 2007.
Com efeito, no período de alguns anos, Sánchez recebeu múltiplas distinções, todas financeiramente remuneradas. No total, a blogueira recebeu uma retribuição de 250.000 euros, ou seja, 312.500 CUC ou 7.812.500 CUP, quer dizer, uma importância equivalente a mais de 20 anos de salário mínimo em um país como a França, quinta potência mundial.
A dissidente, que primeiro emigrou à Suíça depois de optar por voltar a Cuba, é bastante sagaz para compreender que o fato de adotar um discurso a favor de uma mudança de regime agradaria aos poderosos interesses contrários ao governo e ao sistema cubanos. E eles, por sua vez, saberiam se mostrar generosos com ela e permitiriam gozar da dolce vita em Cuba.
(*)Salim Lamrani - Doutor em Estudos Ibéricos e Latinoamericanos pela Universidade Paris Sorbonne-Paris IV, Salim Lamrani é professor titular da Université de la Réunion e jornalista, especialista das relações entre Cuba e Estados Unidos. Seu último livro é intitulado Etat de siège: les sanctions economiques des Etats-Unis contre Cuba, París, Edições Estrella, 2001, com prólogo de Wayne S. Smith e prefácio de Paul Estrade.
sábado, fevereiro 23
* Quando eu ficar velha....
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Aviso
Quando ficar velha, quero usar púrpura .
Com chapéu vermelho, que não combina e fica ridículo em mim.
Vou gastar o dinheiro que tenho em uísque, usarei luvas no verão, e me queixarei que falta manteiga em casa.
Vou sentar-me no meio- fio quando estiver cansada, comerei todas as ofertas do supermercado, tocarei as campainhas dos vizinhos, arrastarei meu guarda-chuva nas grades da praça, e só assim me sentirei vingada por ter sido tão séria durante a juventude.
Vou andar de chinelos, arrancar flores do jardim dos outros.
Vou usar roupas horríveis, engordar sem culpa, comer um quilo de salsichas no almoço, ou passar uma semana só na base do pão e picles.
Vou juntar caixinhas, lápis, e rótulos de cerveja.
Mas, enquanto ainda sou jovem, preciso de um tipo de roupa que me deixe seca em caso de chuva, tenho que pagar o aluguel, não posso dizer palavrão na rua, sirvo de exemplo para a infância, preciso ler jornal, estar informada, convidar meus conhecidos para jantar.
Por isso, quem sabe eu deveria começar a treinar desde agora? Assim ninguém vai ficar chocado quando de repente, eu ficar velha e começar a usar púrpura."
(Jenny Joseph)
sexta-feira, fevereiro 22
* Mas não devia!
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.
A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para
preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para
esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para
poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se
perde de si mesma.
Marina Colasanti
Nota: Já publiquei esse texto inteiro aqui, nunca é demais!
quinta-feira, fevereiro 21
* Corinthianos mais uma vez mostram quem são!
Saem da Bolívia sob escolta, "chocados" e sem dormir!!
Chocados, sem aspas, estamos nós, os brasileiros, com a selvageria do Corinthians que lá fora repercute muito mal para todo esse país de paz, de alegria!!! Um exemplo de NÃO SER dentro do futebol mundial! Que as autoridades brasileiras tomem mais cuidado com quem sai daqui representando esse país, ainda que que seja só no esporte, principalmente dentro das torcidas organizadas! Até quando as torcidas organizadas vão abrigar esses marginais, gente sem a menor condição de interagir socialmente?
LAMENTÁVEL, LAMENTÁVEL!
quarta-feira, fevereiro 20
* Recado pra geral...rss
Recado -
Gonzaguinha
Se me der um beijo eu gosto
Se me der um tapa eu brigo
Se me der um grito não calo
Se mandar calar mais eu falo
Mas se me der a mão
Claro, aperto
Se for franco
Direto e aberto
Tô contigo amigo e não abro
Vamos ver o diabo de perto
Mas preste bem atenção, seu moço
Não engulo a fruta e o caroço
Minha vida é tutano é osso
Liberdade virou prisão
Se é amor deu e recebeu
Se é suor só o meu e o teu
Verbo eu pra mim já morreu
Quem mandava em mim nem nasceu
É viver e aprender
Vá viver e entender, malandro
Vai compreender
Vá tratar de viver
E se tentar me tolher é igual
Ao fulano de tal que taí
Se é pra ir vamos juntos
Se não é já não tô nem aqui
Nota: E a blogueira insana que também é uma mulher de fases, agora está na sua fase Gonzaguinha! rss
terça-feira, fevereiro 19
* Morre mais uma vítima da Didatura Militar no Brasil - 39 anos depois!
O suicídio de Carlos Alexandre Azevedo e as feridas abertas
da ditadura militar
18/02/2013 | Publicado por feliperousselet em Geral
Neste domingo, 17, o filho do jornalista e cientista
político Dermi Azevedo, Carlos Alexandre Azevedo, cometeu suicídio ingerindo
uma quantidade fatal de medicamentos. Seria só mais uma nota triste, não fosse
seu lado trágico. Quando tinha apenas um ano e oito meses, em 1974, Carlos foi
preso e torturado junto com a mãe no prédio do Deops, em São Paulo. Ainda bebê
foi vítima de choques elétricos e outras sevícias. E nunca mais se recuperou.
Provavelmente alguns dos seus torturadores, chefiados pelo delegado Sérgio
Fleury, ainda estejam vivos.
O suicídio de Carlos Alexandre nada mais é do que a
conclusão de um assassinato que se iniciou há 36 anos. E sua morte só é mais um
elemento a evidenciar o quanto as consequências dos anos de ditadura ainda
estão presentes na sociedade brasileira. E por isso, os crimes cometidos
naqueles anos não podem ficar impunes em nome de uma Lei de Anistia, elaborada
e imposta por aqueles que torturaram e mataram em nome do Estado. Uma Lei de
Anistia negociada ainda em tempos de ditadura.
A sua trágica morte nos lembra o quão importante é o
trabalho das comissões da verdade, que se espalham por todos os níveis
hierárquicos da política brasileira. Nos lembra também o quão louvável é a
atuação do Levante Popular da Juventude, que aponta o dedo na cara dos
criminosos da ditadura e revela onde vivem alguns desses monstros do passado.
Porém, não basta só conhecer, temos que punir os
responsáveis pelos crimes cometidos. Devemos isso ao Demir Azevedo, à sua
família a memória do seu filho, Carlos Alexandre Azevedo.
Leia abaixo a nota do MNDH (Movimento Nacional de Direitos
Humanos), em solidariedade a família de Carlos Alexandre, e também o triste
relato de um pai que viu a angústia do seu filho terminar da pior forma.
“É com pesar que o Movimento Nacional de Direitos Humanos –
MNDH emite essa Nota de Solidariedade para com a família do jornalista e
cientista político Dermi Azevedo, militante aguerrido dos ideais libertários e
um dos construtores do MNDH, pela morte de seu filho Carlos Alexandre Azevedo,
o qual foi preso e torturado durante a ditadura militar, com apenas um ano e
oito meses e não conseguiu se restabelecer, o que culminou com sua morte.
Hoje a ditadura militar concluiu a morte de Carlos iniciada
em tão tenra idade, este acontecimento entristece a todos nós, profundamente e
fortalece nosso empenho na luta por Memória, Verdade e Justiça, de forma que a
impunidade não continue se perpetuando.
Leiam a carta de luto do companheiro Dermi Azevedo:
LUTO
Meu coração sangra de dor. O meu filho mais velho, Carlos
Alexandre Azevedo, suicidou-se na madrugada de hoje, com uma overdose de
medicamentos. Com apenas um ano e oito meses de vida, ele foi preso e
torturado, em 14 de janeiro de 1974, no DEOPS paulista, pela “equipe” do
delegado Sérgio Fleury, onde se encontrava preso com sua mãe. Na mesma data, eu
já estava preso no mesmo local. Cacá, como carinhosamente o chamávamos, foi
levado depois a São Bernardo do Campo, onde, em plena madrugada, os policiais
derrubaram a porta e o jogaram no chão, tendo machucado a cabeça. Nunca mais se
recuperou. Como acontece com os crimes da ditadura de 1964/1985, o crime ficou
impune. O suicídio é o limite de sua angústia.
Conclamo a todos e a todas as pessoas que orem por ele, por
sua mãe Darcy e por seus irmãos Daniel, Estevao e Joana, para que a sua/nossa
dor seja aliviada.
Tenho certeza de que Cacá encontra-se no paraíso, onde foi
acolhido por Deus. O Senhor já deve ter-lhe confiado a tarefa de consertar
alguns computadores do escritório do céu e certamente o agradecerá pela
qualidade do serviço. Meu filhinho, você sofreu muito. Só Deus pode
copiosamente banhar-te com a água purificadora da vida eterna.
Seu pai
Dermi
Segue em paz Carlos! Força Dermi e Darcy!
Movimento Nacional de Direitos Humanos. – MNDH”
segunda-feira, fevereiro 18
domingo, fevereiro 17
* E dai?
A blogueira cubana Yoani Sánchez chegou ao Aeroporto Internacional Deputado Luís Eduardo Magalhães, em Salvador, por volta das 8h50 desta segunda-feira (18). Ela foi recebida por um grupo de cerca de 30 manifestantes da União da Juventude Socialista. Ela deixou o aeroporto sem passar pelo saguão de desembarque e sem falar com os jornalistas.
Ao chegar ao Recife, onde deembarcou durante a madrugada desta segunda feira, ela também foi recebida por um grupo de manifestantes pró-Cuba.
Após desembarcar na Bahia, ela seguiu de carro para a cidade de Feira de Santana, localizada a cerca de 100 km da capital baiana, com o amigo e cineasta baiano Dado Galvão, que a recepcionou no Recife. Após viagem pelo Brasil, a blogueira irá também para a República Tcheca, Espanha, México,.........., bla bla bla..., mi mi mi...., nhem nhem nhem.....
E daí?
Daí.., manifestações contra e a favor e a Globo se ocupando do assunto em tempo integral....
E dai eu pergunto, E DAÍ?
Que saco!
sábado, fevereiro 16
* Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
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Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria
ainda está comigo
E que a minha ternura
não ficou na estrada
Não ficou no tempo
presa na poeira
Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje
é uma mulher
E que esta mulher é
uma menina
Que colheu seu fruto
flor do seu carinho
Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto
muito mais
Porque me entendo
muito mais também
E que a atitude de recomeçar é todo dia toda hora
É se respeitar na sua
força e fé
E se olhar bem fundo
até o dedão do pé
Eu apenas queira que você soubesse
Que essa criança
brinca nesta roda
E não teme o corte de
novas feridas
Pois tem a saúde que
aprendeu com a vida
Eu apenas queria que você soubesse
Que aquela alegria
ainda está comigo
E que a minha ternura
não ficou na estrada
Não ficou no tempo
presa na poeira
Eu apenas queria que você soubesse
Que esta menina hoje
é uma mulher
E que esta mulher é
uma menina
Que colheu seu fruto
flor do seu carinho
Eu apenas queria dizer a todo mundo que me gosta
Que hoje eu me gosto
muito mais
Porque me entendo
muito mais também
segunda-feira, fevereiro 4
*Caraaaaaaaaaaaaaaaaaaacaaaaaaaaaa!!!
Cortar o tempo
Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente
Carlos Drummond de AndradeQuem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.
Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente
Chego a chorar, manso de tristeza. Depois levanto e de novo recomeço.
Clarice LispectorO fim é sempre a chance de um recomeço!
Comé que fui me esquecer disso!!!???
Ói nós aqui traveis de pilha nova!
Xô crise existencial! ahahahahaha